Santos Silva de fora, Chega arrasa na Suíça, AD confirma vitória

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Antonio Pedro Santos / Lusa

Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República

O Chega conquista 2 mandatos, o PS e a AD dividem os dois restantes lugares nos círculos eleitorais da Europa e Fora da Europa. A AD chega aos 80 deputados, o PS soma 78, o Chega faz meia centena.

O Chega é o partido mais votado pelos portugueses residentes no estrangeiro, quando está apurada a maioria dos consulados e o trabalho de escrutínio dos votos no Centro de Congressos de Lisboa está na reta final.

De acordo com os dados publicados no site da Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), às 19:30, o Chega está à frente com 17,92%, seguindo-se o PS (15,83%) e a AD (15,28%).

No círculo da Europa, o Chega vence com 18,20%, o PS obtém 16,37% e a AD 13,96%. Fora da Europa, a AD vence com 21,20%, o Chega obtém 16,62% e o PS 13,40%.

O Chega garantiu a vitória no círculo da Europa, após ter registado uma votação massiva na Suíça, onde o partido recolheu 33% dos votos.

Paulo Pisco, cabeça-de-lista pelo PS para o círculo da Europa, reúne, até ao momento, votos suficientes para ser reeleito, juntando-se ao número um na lista do Chega, José Dias Fernandes.

No círculo Fora da Europa, o PSD fez eleger o seu cabeça de lista, o antigo secretário de Estado das Comunidades, José Cesário. O segundo mandato foi conquistado pelo cabeça de lista do Chega, Manuel Magno.

Com estes resultados, que colocam o PS no terceiro lugar, atrás de AD e Chega, o PS não consegue fazer eleger Augusto Santos Silva, que se torna assim o primeiro presidente da Assembleia da República a ir a votos e a não ser reeleito para o Parlamento.

Questionado sobre estes resultados, Paulo Pisco afirmou à Lusa que o PS “vai ter de trabalhar muito para recuperar os dois deputados que agora perdeu. Temos de compreender as causas que levaram a esse resultado e trabalhar em alguns dos países em que a votação não nos foi favorável”.

“O PS disputa estas eleições de uma forma muito veemente, muito honrada e houve um equilíbrio entre as diferentes forças. A vitória que o Chega obtém é construída nos mais de 40% de votos que obtém apenas num país, que é a Suíça”, salientou Paulo Pisco.

É um resultado estranho e anómalo, mas que temos de compreender as razões desse resultado e, se houver algo que seja preciso esclarecer junto dos eleitores na Suíça, temos de compreender”, prosseguiu.

O social-democrata José Cesário lamentou que o seu partido não tenha conseguido recuperar o deputado perdido há dois anos no círculo pela Europa.

Sobre o crescimento do Chega, nomeadamente na Suíça, afirmou que “o poder político socialista descurou totalmente a sua relação com as comunidades, de um modo global”.

Na Suíça é mais evidente, porque os emigrantes na Suíça são os que mais contribuem para a economia nacional, em rendimento per capita, por pessoa, os que mais remessas enviam para Portugal, têm um contributo impressionante na área turística, no imobiliário”, acrescentou

Carlos Gonçalves (PSD) não conseguiu a eleição para o círculo da Europa e, para já, congratulou-se com “o aumento da votação das comunidades portuguesas”, e interpretou a eleição de dois deputados pelo Chega (Europa e Fora da Europa) como “um voto de protesto” e “um sentimento de revolta”.

Estranhando a sua tão forte expressão na Suíça, o social-democrata considerou que “é preciso saber quais as razões que levam aquela comunidade a ter um sentimento de revolta e protesto superior aos outros”.

Manuel Magno, cabeça-de-lista do Chega para o círculo Fora da Europa, considera que esta sempre foi a sua expectativa.

“A grande demanda que temos para resolver é a situação das comunidades fora da Europa, fora de Portugal. Eu vivo na diáspora, trabalho na diáspora, conheço o dia a dia das comunidades e elas sempre foram tratadas como se fossemos de segunda classe. Não somos”, disse à Lusa.

Por seu lado, José Dias Fernandes, cabeça-de-lista do Chega pela Europa, que se encontra em Paris, manifestou agrado pelos resultados que, até ao momento, o elegem pelo círculo da Europa, considerando este um resultado “normal”, tendo em conta o que durante a campanha encontrou “no terreno”.

Mais de 1,5 milhões de cartas com os boletins de voto foram enviadas para 189 destinos a partir de 4 de fevereiro e os votos começaram a chegar a Portugal em 20 de fevereiro. A opção pelo voto presencial foi exercida por 5.283 eleitores.

Encerradas as contagens e atribuídos os mandatos dos círculos Europa e Fora da Europa, a AD vê confirmada vitória nas eleições, com 80 deputados, enquanto o PS soma 78. Com os dois mandatos conquistados nestes círculos, o Chega fez eleger 50 deputados.

ZAP // Lusa

5 Comments

  1. Como há gente que acredita na promessa mais mentirosa possível? “Acabar com a corrupção”, pode haver algo mais parolo do que prometer isto? Será que a IL ou o Livre não gostariam de “acabar com a corrupção”? Claro que sim, mas têm vergonha na cara e sabem que jamais um país “acabou com a corrupção”, logo ninguém pode prometer tal coisa. Mas temos mais de um milhão de portugueses a acreditar no vendedor da banha da cobra!

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  2. VM, aceite a democracia! As pessoas são livres de escolherem! A esquerda radical bem tentou amordaçar a democracia, mas não conseguiu!
    E, para quem normaliza a corrupção, lamento…

  3. Podes agradecer ao teu amigo Costa por os Emigrantes Portugueses terem corrido contigo, estas apagar pelo Costa ter lixado os Emigrantes, um Emigrante Portugues, se tiver mais de 5 anos de registo fora de Portugal, e se regressar, nao tem qualquer apoio da Seguranca Social Portuguesa, “o Sr. tem mais de 5 anos de registo fora de Portugal…, e a Seguranca Social desse Pais que tem de o ajudar”, e entre tanto, um Imigrante em Portugal, vindo de fora da UE, em poucos Meses tem direito a AS em Portugal, a isencao de pagamento de impostos durante 10 anos para os Emigrantes Portugueses que regressem a Portugal, acabou!!!!, tentaram correr, ou correram, com os Emigrantes do SNS, e uma coisa muito importante, os Emigrantes Portugueses estao a par do que a Esquerdalha Europeia, e a sua promiscuidade, tem feito nesta UE…, so um exemplo, na Holanda esta em discucao se um adolescente de 16 anos de idade pode pedir a Eutanasia!!!, os Pedofilos querem que a Pedofilia seja considerada uma orientacao sexual, tal como a Homossexualidade!!!!, em Espanha uma adolescente pode abortar sem o conhecimento dos Pais!!!!, sabes que mais, o mesmo nao se vai passar em Portugal…, a Direita nao deixa.

  4. Compre umas lições, que bem precisa e repararta-as com o seu presidente, que não me representa, exatamente pelo défice democrático e constitucional que tem exibido.

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