Santana Lopes vai “regressar” ao PSD (para uma conferência virtual)

Miguel A. Lopes / Lusa

Pedro Santana Lopes, antigo primeiro-ministro que abandonou o Partido Social-Democrata (PSD) e fundou o Aliança, vai participar, este sábado, numa conferência virtual sobre os impactos sociais da pandemia de covid-19 organizada pela distrital do PSD/Lisboa.

O antigo primeiro-ministro vai juntar-se ao antigo ministro da Segurança Social, António Bagão Félix, e ao presidente da Confederação Nacional das IPSS, o padre Lino Maia como palestrante numa conferência que terá como tema “Covid-19: Impactos Sociais”, que vai acontecer no sábado, 25 de abril, pelas 16h, através da plataforma Zoom e a rede social Facebook.

Esta será a primeira intervenção pública de Santana Lopes junto do militantes sociais-democratas desde que abandonou o PSD para fundar a Aliança, após ter perdido as eleições diretas para Rui Rio.

Numa nota enviada à redações sobre a participação de Santana Lopes, a Distrital de Lisboa anunciou que “o regresso de Santana Lopes ao Partido Social Democrata acontecerá no próximo dia 25 de abril”.

De acordo com o semanário Expresso, Ângelo Pereira, líder do PSD/Lisboa, diz-se muito satisfeito com a participação do ex-militante do partido.

“É com muito gosto que contamos com Pedro Santana Lopes para um evento que discutirá um assunto muito importante na atual conjuntura social, e na vida dos portugueses. A sua experiência política será importante e enriquecedora para o debate, mas também é a prova que o PSD pretende discutir política como um todo“, nota.

Em agosto de 2018, Santana Lopes comunicou a decisão de sair do partido através de uma carta aberta aos militantes, pondo fim a 40 anos de militância no PSD.

Na carta de despedida, Santana Lopes considerou: “Não faz sentido continuar numa organização política só porque já estamos há muito, ou porque em tempos alcançamos vitórias e concretizações extraordinárias se, no passado e no tempo que importa, no tempo presente, não conseguimos fazer vingar ideias e propostas que consideramos cruciais para o bem do nosso país”.

Entre os exemplos que cita de ideias que defendeu, e das quais “o PSD nunca quis saber”, para a Política Agrícola Comum, a desertificação do interior ou ainda as críticas ao poder “discricionário” de demissão do Governo atribuído ao Presidente da República.

ZAP //

 

 

 

 

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