/

Santana admite candidatura a Belém e não espera por ninguém

PSD / Flickr

Ex-primeiro ministro, ex-presidente da câmara de Lisboa e Figueira da Foz, ex presidente do PSD e do Sporting, Pedro Santana Lopes

O antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes voltou esta terça-feira a admitir candidatar-se às presidenciais de 2016, discordando da opinião de Marcelo Rebelo de Sousa de que o candidato do centro-direita só deve avançar no final do ano.

No programa Edição da Noite, da SIC-Notícias, o atual provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa socorreu-se mesmo do jogo de apostas mútuas para classificar a ideia defendida por Marcelo Rebelo de Sousa de que começar já a debater candidatos às presidenciais é suicídio para a direita.

“É como jogar no Euromilhões com a chave já na mão”, ironizou Santana Lopes ao comentar as advertências hoje lançadas pelo comentador da TVI e ex-presidente do PPD-PSD sobre o ‘timing’ mais adequado para o lançamento da candidatura presidencial do espaço do centro-direita.

Santana Lopes recordou que “o Presidente da República não é um agente partidário” e, por isso, não deve ficar à espera das decisões dos líderes do PSD, Pedro Passos Coelho, e do CDS-PP, Paulo Portas, para lançar a candidatura ao mais alto cargo do Estado.

“Não devemos misturar o anúncio da candidatura presidencial com as legislativas. Deve ser antes”, defendeu o ex-chefe do Governo, recordando os casos de Jorge Sampaio e Cavaco Silva, que decidiram lançar as respetivas candidaturas a Belém numa altura em que os seus respetivos partidos não tinham tomado qualquer decisão sobre a matéria.

Pedro Santana Lopes reiterou que, se optar por uma candidatura a Belém, não esperará por ninguém e avançará mesmo no caso de haver outros candidatos do mesmo espaço político.

“A decisão será apenas minha, quando chegar o tempo que considero adequado, que não espera por ninguém”, assegurou, sublinhando: “para mim, podem ser cinco à direita, ou seis“.

Santana lançou ainda o repto a “quem entende que tem condições para se apresentar que se apresente”.

Marcelo Rebelo de Sousa tinha alertado, durante a tarde de hoje, para os problemas políticos que poderiam ser criados se se começar a falar já na candidatura presidencial do espaço ocupado pelo PSD e pelo CDS-PP.

“Nesta altura, eu acho que a direita é um bocadinho suicida se começar a criar um problema, num momento em que a esquerda calmamente – e quando digo a esquerda é o PS – vai fazendo o seu caminho para São Bento e António Guterres calmamente vai fazendo o seu caminho para Belém”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

Para o comentador político, que falava à margem das comemorações dos 25 anos do ESEIG em Vila do Conde, “tudo o que seja neste momento estar a criar uma perturbação, um ruído, uma agitação a destempo é objetivamente bom para a esquerda”.

/Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.