Hospital Santa Maria abre inquérito a morte de Ruben Carvalho

João Relvas / Lusa

A administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte decidiu abrir um processo de inquérito na sequência de notícias sobre eventual negligência hospitalar no internamento do histórico dirigente do PCP.

Fonte oficial do Centro Hospitalar, que integra o Hospital Santa Maria, disse à agência Lusa que, “após as notícias vindas a público”, foi decidido “abrir um processo de inquérito”.

Hoje, fonte oficial da Procuradoria-Geral da República confirmou à Lusa que o Ministério Público abriu um inquérito para apurar eventual negligência hospitalar no internamento de Ruben de Carvalho.

“Confirma-se a existência de um inquérito dirigido pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa”, respondeu a Procuradoria à agência, acrescentando que a investigação “não tem arguidos constituídos”.

O Público tentou apurar se a investigação teve origem numa denúncia, mas não obteve resposta da PGR.

O histórico dirigente comunista, de 74 anos, morreu a 11 de junho e o funeral realizou-se este domingo em Lisboa, cinco dias depois da sua morte, dada a necessidade de realizar uma autópsia perante as circunstâncias da morte.

Segundo o Observador, Ruben de Carvalho deu entrada no Hospital de Santa Maria com queixas na vesícula e, três a quatro semanas antes da morte, sofreu uma queda enquanto estava internado e bateu com a cabeça, tendo alegadamente entrado depois em coma.

Ruben de Carvalho era o único membro do atual Comité Central do PCP que tinha estado preso nas prisões da PIDE, a polícia política da ditadura finda em 25 de Abril de 1974.

Aderiu ao Partido Comunista Português em 1970. Foi funcionário do partido entre 1974 e 1997 e era membro do Comité Central desde 1979.

ZAP // Lusa

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