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Salas de cinema em Portugal já aceitam reservas para eventos privados

Desde quinta-feira que é possível reservar uma sala de cinema para um evento privado. Esta é uma das formas encontradas pela UCI Cinemas para fazer frente à crise do setor gerada pela pandemia.

Já não é de agora que as salas de cinema portuguesas enfrentam quebras de receitas significativas, mas a chegada da pandemia de covid-19 só veio agravar ainda mais o problema.

Por isso, uma das formas encontradas pela UCI Cinemas para fazer frente à crise foi permitir a realização de eventos privados, conta o o jornal Público. A experiência será possível nos três complexos do país: no El Corte Inglés, em Lisboa; no UBBO, na Amadora; e no ArrábidaShopping, em Vila Nova de Gaia.

Segundo o jornal, serão permitidas até 20 pessoas, embora esse número possa ser ampliado mediante o pagamento de um valor adicional. Os clientes poderão desfrutar de uma sala privada, com um ecrã XXL, e escolher entre os filmes em exibição, de segunda a quinta-feira.

O serviço, que começou a funcionar esta quinta-feira e que inclui um bilhete e um menu por espetador, custa 220 euros, valor esse que, se for dividido por 20 pessoas, dá 11 euros a cada.

Para além do visionamento de filmes, escreve o diário, também é possível reservar as salas para competições de gaming, reuniões, aniversários, formações ou conferências.

Dada a atual situação sanitária provocada pelo novo coronavírus, a empresa tem de fazer cumprir algumas regras de segurança, por isso, os bilhetes têm lugares atribuídos, para que a distância física esteja assegurada.

Recorde-se que, esta quinta-feira, a Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais (FEVIP) alertou que mais de metade das salas de cinema pode encerrar até ao final do ano se não houver mecanismos face à pandemia.

“Se estas empresas encerrarem, e estamos a falar de mais de 50% das salas de cinema que podem encerrar até ao final do ano, deixamos de ter uma oferta eclética e cultural a nível do território nacional e que os portugueses gostam de ver”, alertou o diretor-geral da FEVIP, António Paulo Santos.

De acordo com os dados mais recentes do Instituto do Cinema e Audiovisual, até setembro registaram-se quebras de 71% face a 2019, tanto em número de espetadores como em receita de bilheteira nas salas de cinema.

ZAP //

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