A média das remunerações dos CEO das empresas cotadas na bolsa aumentou mais de 40% em três anos, um valor 46 vezes mais alto do que o custo médio que têm com os seus funcionários.
Segundo o Diário de Notícias, a remuneração média dos presidentes executivos das empresas do PSI 20 foi de um milhão de euros, um valor que aumentou mais de 40% nos últimos três anos.
No total, estes CEO levaram para casa quase 16 milhões de euros em 2017, mais 4,6 milhões do que em 2014. De acordo com os cálculos do DN/Dinheiro Vivo, baseados nos dados dos relatórios e contas das empresas, em média, cada um ganhou 996 mil euros brutos, enquanto que há três anos a remuneração era de 708 mil euros.
Além disso, não foram apenas os salários dos responsáveis máximos a aumentar, também se verifica o mesmo com as remunerações dos outros elementos dos conselhos de administração. No total, escreve o jornal, o custo com estes responsáveis subiu 43%, ascendendo a 57,5 milhões de euros, mais 17 milhões do que em 2014.
No entanto, este valor é 46 vezes mais alto do que o custo médio que as empresas cotadas na bolsa têm com os seus trabalhadores. Há três anos, essa diferença era de 33 vezes. Segundo o diário, este valor ficou praticamente estagnado – 21,7 mil euros anuais.
Apesar disso, os custos com pessoal aumentaram 16% desde 2014 para 5,41 mil milhões de euros, uma subida explicada pelo maior número de trabalhadores. No final de 2017, empregavam quase 250 mil funcionários.
Nos últimos três anos, os lucros acumulados destas empresas subiram 50%, totalizando mais de 3,5 mil milhões de euros. Essa melhoria da rentabilidade é uma das explicações para as subidas das remunerações pagas aos gestores, recorda o DN.
De acordo com o jornal, o maior contributo para este fosso entre CEO e trabalhadores foi dado pela Jerónimo Martins. A dona do Pingo Doce pagou, em 2017, mais de dois milhões de euros ao presidente executivo, Pedro Soares dos Santos. Já o custo médio com cada trabalhador foi inferior a 13 mil euros, o mais baixo da bolsa portuguesa.
Já em 2014, o CEO teve tinha uma remuneração de 668 mil euros, 57 vezes acima da média dos seus trabalhadores. Neste momento, ganha mais 155 vezes do que os seus funcionários.
Por sua vez, António Mexia, o CEO que mais ganha na bolsa portuguesa, auferiu 2,29 milhões de euros, mais 39 vezes do que o custo médio da EDP com cada trabalhador. Há três anos, tinha ganho 1,15 milhões, mais 23 vezes do que os funcionários.
Segundo o jornal, outras empresas do PSI 20 com maiores discrepâncias são a Mota-Engil e a Sonae. Na construtora, Gonçalo Moura Martins ganhou quase 740 mil euros, mais 41 vezes do que os trabalhadores e, na dona do Continente, Paulo Azevedo auferiu 652 mil euros, mais 40 vezes do que o custo médio com trabalhador.
o habitual ….
Governa a esquerda e dá nisto! Mais vale discutir o cartão da cidadania e a mudança de sexo.
Ahahahaaaa!…
A ironia não é para todos!…