Mínimo de 16 euros por hora, já daqui a um mês. Nova Iorque é a primeira cidade nos EUA a impor salário mínimo para os estafetas de alimentos.
Uma das queixas principais, ou mesmo a queixa principal, de quem entrega comida é o valor do seu salário e a instabilidade financeira, mês após mês.
Porque nunca se sabe o que se vai receber em cada dia, há muita gente que se afasta de empresas como a Uber Eats precisamente por causa dessa incerteza.
Mas isso vai mudar. Nova Iorque dá o tiro de partida.
Será a primeira cidade nos Estados Unidos da América a impor um salário mínimo para esses trabalhadores.
Com o tempo, os cerca de 60 mil motoristas da cidade vão ver o seu salário multiplicar praticamente por três.
As mudanças começam já daqui a um mês. A partir de 12 de Julho, empresas como Uber Eats e DoorDash serão obrigadas a pagar aos condutores pelo menos 16,6 euros por hora – bem mais do dobro da média actual de 6,55 euros por hora, sem incluir gorjetas.
A nova regra foi anunciada nesta segunda-feira por Eric Adams, presidente da Câmara Municipal de Nova Iorque.
Os aumentos vão mais longe, com o passar do tempo: esse salário mínimo passará a 18,45 euros por hora em 2025, indica o jornal The Washington Post.
O presidente justificou a medida: “Temos uma dívida de gratidão com eles. Eles entregam para nós, agora é altura de entregarmos a eles. É a coisa certa a fazer”.
Os responsáveis pelas empresas estão contra. Avisam que a taxa de entrega terá de subir e, por consequência, o preço global vai subir para o consumidor. Assim, prevêem, a procura vai diminuir e o dinheiro para salários também vai baixar.
Ou seja, alegam que uma medida que supostamente seria para ajudar os condutores vai acabar por prejudicá-los.
A DoorDash, com um mercado forte nos EUA, está mesmo a pensar processar a cidade para impedir que o novo salário mínimo seja implementado.
Outra empresa do ramo, a Grubhub, preferia ver Nova Iorque a fazer uma parceria com a indústria.
As empresas vão ter também mais flexibilidade na forma de pagamento: ou pagam por cada viagem, ou por hora trabalhada, ou uma combinação de ambos.
Seja qual for o método, o resultado final deve ser um salário mínimo de 16,6 euros por hora.
As empresas vão ainda ter de pagar 28 cêntimos por minuto a cada funcionário que esteja de prevenção – estão disponíveis para entregas, mas parados. E, igualmente a partir de Julho, pagarão 46 cêntimos por minuto durante a viagem.
É preciso fiscalizar e manter sobre vigilância as “empresas de estafetas” por forma a verificar se há envolvimento no tráfico/consumo de droga, e impedir o controle e privatização dos espaços e vias públicas pelas mesmas.
É, também, preciso a instalações de tacógrafos nas viaturas…. TVDE, entrega porta a porta ou seja, em todas as viaturas!