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Sala de chuto em Lisboa com “afluência assustadora”. Câmara vai abrir uma nova

António Cotrim / Lusa

Nova sala de chuto deve ser na zona oriental da cidade e aguarda instalações. Entretanto, a da Avenida de Ceuta “está sempre cheia” e no limite das capacidades.

O assunto da nova “sala de chuto” em Lisboa está a ser posto em cima da mesa. A localização será discutida nas próximas semanas, entre a Câmara Municipal de Lisboa e o Instituto para os Comportamentos Aditivos e as Dependências (ICAD). Quem o diz é o presidente desta entidade, João Goulão, em entrevista ao Público.

Se, daqui por um ano, estiver a funcionar, será muito bom”, diz o dirigente do ICAD, sem quaisquer certezas em relação a datas. Ainda assim, diz que a nova sala “é uma resposta necessária, mas que não se esgota em si mesma. É parte de uma estratégia mais ampla e que não dispensa o investimento em meios e equipas de tratamento”.

Elsa Belo, coordenadora do equipamento da única sala existente na cidade, na Quinta do Loureiro (Avenida de Ceuta), admite ao Público que a sala está no limite das suas capacidades. “A afluência tem sido assustadora. Aumentámos, em Julho, a capacidade de consumos fumados de seis para 18 lugares, em simultâneo”.

Em outubro, a Câmara municipal de Lisboa tinha desmentido ao Diário de Notícias a possibilidade de abertura de uma nova sala de chuto na zona da Alta, mas agora o ICAD admite negociações nesse sentido, e aponta a zona Oriente como lugar possível. No entanto, pouco mais se conhece sobre o projeto.

“Faz sentido que seja nessa área, na zona oriental, porque ali o consumo é mais disperso, acontece em vários pontos”, acrescenta Elsa Belo.

Em 2018, a autarquia tinha previsto a instalação de duas unidades deste tipo na cidade, mas apenas a da Avenida de Ceuta avançou, e a que seria implementada no Lumiar ficou sem efeito devido a contestação dos moradores da zona.

“Parece-nos ser uma experiência bem-sucedida”, diz Goulão. “Tal como nesse caso, o novo equipamento deverá ter múltiplas valências. Estamos confiantes na capacidade da Câmara de Lisboa para encontrar um espaço onde possa ser instalado”.

Em todo o país, a criação destas “salas de chuto” parece assistir a uma adesão acima do esperado. Também a que existe no Porto tem estado sempre lotada, e Rui Moreira já pensava, o ano passado, numa nova.

ZAP //

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