Russos cancelam festas de Ano Novo para investir na guerra da Ucrânia

Evgenii / Flickr

Moscovo, capital da Rússia

Moscovo, assim como várias outras cidades russas, está a cancelar as festividades de Ano Novo para investir os fundos nos militares, que continuam a lutar na Ucrânia.

De acordo com o Telegraph, as autoridades de São Petersburgo, assim como várias províncias da Sibéria e da República de Sakha cancelaram as comemorações.

As queixas constantes por parte dos soldados, aos quais falta armamento e condições, leva as autoridades a evitar exibições luxuosas, relatou o Business Insider.

Dmitry Denisov, o presidente da câmara de Kaluga, disse nas redes sociais que cancelou todos os espetáculos, fogos de artifício e comerações de Ano Novo.

“Vamos direcionar todos os fundos para apoiar os residentes de Kaluga mobilizados. Os nossos homens devem estar adequadamente equipados”, informou.

Já Vladimir Mazur, governador de Tomsk, citado pelo Evening Standard, referiu que não ia realizar festas “corporativas” de Ano Novo mas que as crianças não podiam “ficar sem os seus presentes e feriados”.

Na Rússia, os presentes são entregues a 01 de janeiro, antes de comemorarem o Natal, o que acontece a 06 de janeiro, segundo o calendário ortodoxo.

Em Moscovo, o presidente da câmara, Sergey Sobyanin, indicou que a capital realizará uma comemoração moderada, renunciando ao habitual fogo de artifício e aos concertos em massa. Alguns eventos serão realizados, mas uma parte dos lucros será desviada para os militares.

Em setembro, as autoridades de Moscovo foram criticadas por realizar uma luxuosa exibição de fogos de artifício para comemorar o 875º aniversário da cidade.

A guerra iniciada pelo Presidente Vladimir Putin tem se tornado cada vez mais impopular, com os ativistas a acusarem-no de gastar milhões com as Forças Armadas enquanto muito congelam nas suas casas, relatou o Daily Beast.

“Levam os jovens e devolvem-nos em caixões. Eles congelam na frente, enquanto as suas famílias vivem na pobreza”, disse Valentina Melnikova, ativista do Soldiers’ Mothers Committee.

ZAP //

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