Rússia prepara nova ofensiva mas faltam motoristas

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Konstantin Zavrajin / Kremlin / Sputnik / EPA

O presidente da Rússia, Vladimir Putin

Zenelskyy falou sobre as “dezenas de milhares” de pessoas que morreram em Mariupol. Russos com novos problemas na estratégia militar.

Mariupol continua a ser o centro das atenções de muitos analistas da guerra na Ucrânia e o próprio presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, não esquece uma das cidades que tem sido mais atacada desde que o conflito começou.

Zelenskyy esteve desta vez a falar para o Parlamento da Coreia do Sul e afirmou que, desde que a invasão russa arrancou, já morreram dezenas de milhares de pessoas em Mariupol.

O presidente da Câmara local, Vadim Boychenko, tinha anunciado na semana passada que pelo menos 5 mil pessoas morreram na sua cidade.

Até ao dia 24 de Fevereiro, dia do início da invasão russa, 430 mil pessoas viviam em Mariupol; agora resistem cerca de 100 mil. Estima-se que entre 80 e 90 por cento da cidade já tenha sido destruída.

Zelenskyy deixou um aviso: a Rússia está a preparar uma nova ofensiva e, para isso, está a tentar reunir dezenas de milhares de soldados – prevê-se que este ataque se centre na região Donbass, que será agora o foco de Vladimir Putin.

O líder da auto-proclamada República Popular de Donetsk, Denis Pushilin, disse que vai “intensificar a operação de libertação” no Donbass.

“Agora, levando em conta todos os factores que são causados pela difícil situação em que as pessoas se encontram, bem como as medidas provocativas do regime ucraniano, incluindo o bombardeio de Kramatorsk, consideramos necessário intensificar o curso da operação de libertação”, anunciou Pushilin.

O exército russo centra-se em Donbass mas está com mais um problema na sua estratégia. De acordo com as forças armadas ucranianas, os russos não conseguem recrutar motoristas, nem mecânicos, para os seus equipamentos militares.

Em Kharkiv os bombardeamentos continuam. Segundo o chefe de administração local, só neste domingo os russos realizaram 66 ataques naquela cidade, matando 11 civis, incluindo uma criança.

A capital Kiev, que não cedeu aos russos, tenta estabelecer uma espécie de vida “normal”: o presidente Vitali Klitschko anunciou que há mais canais de transporte sobre o rio Dniepre e que há mais ofertas de transporte público na cidade.

Estes desenvolvimentos surgem no dia em que, pela primeira vez desde o início da guerra, Vladimir Putin vai encontrar-se pessoalmente com o líder de um país europeu: Karl Nehammer, chanceler da Áustria. Um encontro sem jornalistas e sem conferência de imprensa.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

4 Comments

  1. Se tiverem algum juízo, não vão, porque a seguir vão ser acusados e julgados por crimes de guerra. Que vá o Putin! Se for Homem que vá ele. Esse é esperto manda, mas não sai da toca. Tem medo até dos dele. E depois vai dizer que mandou, mas que nada fez, se alguém fez é da sua inteira responsabilidade … Os Russos que sejam mais espertos, assim como os Oligarcas, interesseiros, pois: Quem não tem dinheiro não tem vícios. Se o Putim tem ouro que pague com ele …

  2. Este Psicopata não só está a dizimar um País , como a fazer odiar os seus próprios Cidadãos , este tarado ficará na História da Europa bem lembrado ao mesmo titulo que o Adolfo e restantes Ditadores Fascistas tais como o Francisco e Benito !

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