Os Estados Unidos afirmam ter evidências de que a Rússia tem planos para realizar um ataque em “grande escala” à Ucrânia. O país garante que os aliados da NATO estão “preparados para impor custos severos” a Moscovo.
Durante uma reunião que juntou vários ministros de estados-membro da NATO, o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que ainda não estava claro se Vladimir Putin já tinha tomado a decisão de invadir a Ucrânia, mas referiu que o presidente russo está “a criar capacidade para fazê-lo a curto prazo”.
Desta forma, Blinken alertou os aliados para o que pode acontecer num futuro próximo, embora ainda haja uma grande incerteza sobre “a intenção e o tempo” da ação. Ainda assim, o Secretário de Estado pediu que todos os estados “se preparem”.
Segundo o The Guardian, as declarações de Blinken foram acolhidas pelos aliados que se mostraram solidários e preparados para “impor custos severos no caso de novas agressões russas à Ucrânia”.
Apesar dos esforços para travar as operações da Rússia, o Secretário de Estado não clarificou se os EUA iriam agir militarmente. “Caso a Rússia siga o caminho do confronto, quando se trata da Ucrânia, deixamos claro que responderemos com determinação, inclusive com uma série de medidas económicas de alto impacto que evitamos adotar no passado”, referiu.
Blinken falou em medidas económicas, mas não apontou detalhes sobre quais seriam os setores mais afetados, assegurando que daria mais detalhes “no momento adequado”.
Porém, escreve o jornal britânico, a maioria dos especialistas em relações internacionais acredita que o projeto do gasoduto Nord Stream 2, destinado a trazer gás russo para a Europa, pode ser cancelado se houver outra invasão.
Rússia faz propaganda anti-ucraniana
O Secretário de Estado dos EUA apontou “evidências de que a Rússia tem planos para movimentos agressivos significativos contra a Ucrânia”, acrescentando que esses movimentos incluíam “esforços para desestabilizar a Ucrânia internamente, bem como operações militares em larga escala”.
Estas declarações vão ao encontro dos esforços militares que a Rússia tem feito junto da fronteira com a Ucrânia. De acordo com as estimativas do governo de Kiev, o número de soldados russos na fronteira tem sido crescente, tal como as concentrações de veículos pesados. Em abril e setembro deste ano, as forças russas também realizaram dois grandes exercícios militares na região.
Além do que tem sido descrito nos últimos meses, Blinken apontou ainda outros possíveis indicadores das intenções russas.
“Nas últimas semanas, também observamos um aumento massivo na atividade dos media que impulsiona a propaganda anti-ucraniana, aproximando-se dos níveis vistos pela última vez antes da invasão da Ucrânia pela Rússia em 2014”, destacou.
Neste sentido, Blinken apelou a um retorno à diplomacia com base nos acordos de Minsk de 2014 e 2015, que envolvem a retirada da Rússia e uma maior autonomia para as regiões de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia.
Já o Kremlin, por sua vez, informou que, em breve, o presidente Putin irá realizar uma reunião de cúpula como presidente dos EUA, Joe Biden. A Casa Branca sinalizou que está aberta a discussões, mas para já ainda não há datas definidas.
Ainda assim, a administração Biden está a tentar evitar ser arrastada para uma situação em que os EUA estejam a negociar o futuro da Ucrânia “sobre as cabeças” do governo em Kiev e dos seus vizinhos europeus.
A ênfase política tem sido em fortalecer a solidariedade da UE e da NATO na esperança de dissuadir a ameaça russa.
perda de tempo entre russos e ucrânios. se actuassem em conjunto para melhorar as condições de cada país…eram mais espertos….
ucranianos…..
Continuem a provocar a Rússia e podem ter a certeza de que mais tarde ou mais cedo ela vai reagir. Mas é isso que os mercadores de armas querem…