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Rússia nega ter destruído escola e morto 12 crianças em ataque aéreo

A Rússia desmentiu hoje ter bombardeado civis na Síria, após acusações de ataques aéreos contra uma escola na província de Alepo e do apelo de Paris para o fim dos ataques aéreos russos e sírios contra civis.

“A Rússia não realiza operações contra civis”, declarou à agência France Presse a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova. Segundo a AFP, 12 alunos e 3 professores morreram no local.

A diplomata russa reagia desta forma ao apelo do ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius, para que acabem os bombardeamentos russos contra a população civil.

Segundo o estado-maior russo, desde o início do ano, a aviação russa atingiu 1.097 alvos terroristas nas províncias de Alepo, Idleb, Latakia, Hama, Homs, Deraa, Deir, Ezzor, Raqa, e na região da capital, Damasco.

Os ataques visaram nomeadamente locais de infraestruturas do grupo radical Estado Islâmico, os seus veículos blindados, assim como refinarias de petróleo clandestinas, “infligindo perdas consideráveis aos grupos terroristas”, declarou o general Serguei Rudskoi, citado por agências russas.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, OSDH, afirmou no entanto esta segunda que oito alunos e o seu professor foram mortos e 20 alunos e professores ficaram feridos num ataque da aviação russa contra uma escola situada na localidade rebelde de Anjara, na província de Alepo.

A Rússia iniciou no final de setembro uma missão na Síria de apoio às tropas do regime face aos rebeldes e aos ‘jihadistas’.

No final de dezembro, o OSDH afirmou que os ataques aéreos russos tinham causado em três meses 2.371 mortos, um terço dos quais civis.

O Ministério da Defesa russo classificou em diversas ocasiões estas acusações como “infundadas e absurdas“.

ZAP / ABr

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