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Rússia e EUA vão construir estação espacial na Lua para enviar humanos a Marte

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A Rússia e os Estados Unidos anunciaram esta quarta-feira um projeto de cooperação para a construção da primeira estação espacial lunar. A iniciativa, coordenada pela agência espacial americana, NASA, visa em longo prazo enviar humanos a Marte.

O projeto terá um custo na ordem dos cem mil milhões de dólares – cerca de 85 mil milhões de euros. A base ficará na órbita lunar e será semelhante à Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês). A estação poderá servir de ponto de partida para enviar humanos para Marte.

A estação, chamada Deep Space Gateway, será construída nos moldes da Estação Espacial Internacional (ISS), que orbita em torno da Terra. Em operação há 16 anos, a ISS já recebeu mais de 200 pessoas a bordo, a maior parte dos quais astronautas americanos e cosmonautas.

“Enquanto a porta do espaço profundo continua um conceito em desenvolvimento, a NASA está contente por ver o crescimento no interesse internacional no espaço cislunar – região entre a Terra e a Lua – como o próximo passo para a exploração do espaço”, disse Robert Lightfoot, diretor da agência espacial americana, em Washington.

De acordo com a NASA, a nova estação ficará na órbita lunar e servirá como ponto de partida para missões de exploração na Lua e noutras regiões do Sistema Solar. Estima-se que os custos da base devem superar os 100 mil milhões de dólares – cerca de 85 mil milhões de euros – investidos na ISS, o maior projeto espacial do mundo.

“A etapa principal para a construção da estação lunar começará em meados dos anos 2020”, destacou a agência espacial russa, Roscosmos, em comunicado.

A cooperação entre Washington e Moscovo prevê o desenvolvimento de sistemas necessários para organizar missões científicas na órbita lunar e na superfície da Lua.

Os países pretendem também desenvolver juntos padrões internacionais técnicos. De acordo com o diretor da Roscosmos, Igor Komarov, a Rússia e os Estados Unidos, além de outros países, concordaram sobre a importância de trabalhar com padrões unificados para evitar problemas futuros no espaço. “A estação será uma plataforma importante para pesquisas futuras”, acrescentou Komarov.

A cooperação na exploração espacial é uma das poucas que restou entre os Estados Unidos e a Rússia depois das tensões causadas pelos conflitos na Ucrânia e na Síria. Na ISS, os dois países trabalham juntos desde 1998.

ZAP // DW / Ars Technica

2 Comments

  1. Orbitar a Lua faz sentido, pois as naves a irem para Marte não teriam que «escapar» à gravidade da Lua. Em órbita não existe o nível de gravidade que existe na superfície da Lua.

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