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Satélites da Starlink, um projeto da SpaceX de Elon Musk
Já se sabia que que a constelação de satélites de Internet Starlink da SpaceX de Elon Musk era um alvo prioritário da Rússia. Um novo relatório confirma a tese e junta a China como um grande inimigo.
Não há dúvidas. A constelação de satélites Starlink da SpaceX começou a ser um alvo prioritário da Rússia, após ter sido utilizada para fins militares na Ucrânia, na sequência a invasão russa em 2022.
A conclusão é de um novo relatório, publicado em 3 de abril pela Secure World Foundation (SWF), que destaca e alerta para a crescente dependência da humanidade do espaço – especialmente para fins de segurança nacional.
“A nossa sociedade e economia globais estão cada vez mais dependentes das capacidades espaciais, e um futuro conflito no espaço poderá ter repercussões negativas enormes e a longo prazo que se farão sentir na Terra, uma vez que todos neste planeta são utilizadores de dados espaciais de alguma forma”, pode ler-se.
Rússia e China ameaçam SpaceX
A Starlink da SpaceX, por exemplo, usam uma rede maciça de satélites na órbita baixa da Terra para fornecer Internet de banda larga de alta velocidade.
Os ucranianos começaram a utilizar a Starlink em 2022 para manter a conetividade à Internet depois de os serviços de Internet da Ucrânia terem sido interrompidos na sequência da invasão russa. O serviço também permitiu comunicações seguras para os militares e o governo ucraniano.
No entanto, em maio de 2024, os militares ucranianos começaram a sofrer interrupções nas ligações Starlink, com a culpa a ser atribuída à Rússia.
O relatório da SWF vem agora confirmar esta tese. Documentos militares dos EUA, que foram vazados, sugerem que um sistema russo chamado Tobol – originalmente concebido para proteger os satélites russos de interferências – foi utilizado para interromper os sinais dos satélites comerciais Starlink sobre a Ucrânia.
Esses documentos “sugerem que a Rússia usou pelo menos três instalações Tobol para tentar interromper os sinais do satélite comercial Starlink sobre o leste da Ucrânia”, lê-se no relatório.
Segundo a SWF, a Rússia está também a desenvolver um sistema mais recente e mais sofisticado – denominado Kalinka – que se destina a detetar e a interromper os sinais de e para os satélites Starlink, a fim de interferir com os drones ucranianos e as comunicações militares.
O relatório da SWF refere também que a China está a investir em capacidades semelhantes para potenciais conflitos armados futuros com os EUA.