Rússia conspirou para matar chefe de armamento europeu, garante a NATO

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Tagesschau

Armin Papperger

Alto funcionário da aliança confirmou que o Kremlin planeou assassinato do alemão Armin Papperger, chefe da fabricante de armas Rheinmetall.

A Rússia planeou mesmo o assassinato de Armin Papperger, chefe da fabricante alemã de armas Rheinmetall, como parte de uma campanha que visava os líderes da indústria de defesa por toda a Europa, confirma um alto funcionário da NATO.

A tentativa de assassinato, denunciada em meados de julho do ano passado pelos serviços secretos dos EUA e da Alemanha, foi confirmada esta terça-feira pelo Secretário-Geral Adjunto da NATO para a Inovação, Híbrido e Cibernético, James Appathurai, que revelou mais pormenores sobre o caso durante uma reunião do Parlamento Europeu sobre guerra híbrida.

A Rheinmetall ganhou importância desde 2022, altura em que começou a abastecer em força a Ucrânia com armas de guerra para esta se defender da invasão russa.

Segundo o funcionário da aliança, a Rússia tem estado envolvida em “incidentes de sabotagem em todos os países da NATO, nomeadamente descarrilamentos de comboios, atos de fogo posto, ataques a propriedades de políticos, conspirações para assassinar líderes da indústria, como o chefe da Rheinmetall, mas também houve outras conspirações”, avisou.

O responsável acusou ainda a nação liderada por Vladimir Putin de usar “bandos de criminosos, jovens ou migrantes involuntários” para levar a cabo tais missões, que “são geralmente feitas de forma grosseira, mas com um objetivo, que é o de criar inquietação para minar o apoio à Ucrânia”.

As nações ocidentais continuam a dar ajuda militar à Ucrânia, que continua a resistir à invasão em grande escala da Rússia. Appathurai salientou que a doutrina estratégica da Rússia dá prioridade às vitórias políticas através da desestabilização,”utilizando todas as ferramentas de que dispõe”, incluindo danos nas infraestruturas e interferência política.

Appathurai aproveitou ainda para acusar os líderes europeus de lentidão na reação à crescente ameaça russa.

“O secretário-geral disse no seu primeiro discurso que precisamos de uma mentalidade de guerra, inclusive porque há uma campanha contínua e crescente de desestabilização contra todos os nossos países. Até e incluindo sabotagem”, disse Appathurai ao jornal Politico, referindo-se às palavras do Secretário-Geral da NATO, Mark Rutte, que ainda esta semana avisou o primeiro-ministro Luís Montenegro para a “ameaça” russa a Portugal.

Tomás Guimarães, ZAP //

2 Comments

  1. O que é que se pode esperar da Rússia que não seja sangue, suor, lágrimas, fome e desprezo pelo ser humano?

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