Rui Rio quer encurtar “enorme distância” no poder local. Suzana Garcia longe do PS na Amadora

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José Coelho / Lusa

O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio

Líder social-democrata defende que as eleições de 26 de setembro representarão uma inversão no destino político do país, com o PSD a recuperar a diferença entre as autarquias que tem para o PS.

O presidente do PSD, Rui Rio, reafirmou que está convencido de que o partido vai encurtar nas próximas autárquicas a “enorme distância” entre socialistas e sociais-democratas no poder local.

“Estou convencido de que todos vocês vão dar um contributo decisivo para, a 26 de setembro, o PSD poder encurtar esta enorme distância entre PS e PSD, que não corresponde à realidade local, onde fomos desde o 25 de Abril um poder junto das pessoas”, disse Rui Rio, que falava num comício de apresentação da candidatura do PSD à Câmara de Oliveira do Bairro, no distrito de Aveiro.

O líder do PSD recordou que o partido teve “resultados menos favoráveis” nas autárquicas de 2013 e de 2017, tendo perdido “imensas câmaras municipais”, uma delas Oliveira do Bairro, que foi conquistada pelo CDS-PP. “Normalmente, perdemos as câmaras para a esquerda, aqui perdemos à direita”, notou.

Rui Rio notou ainda a desigualdade entre o número de câmaras entre os dois principais partidos em Portugal: o PS tem atualmente 161 câmaras municipais e o PSD 98.

“É uma diferença demasiado grande para um partido como o PSD, que é um partido do poder local e um partido junto das pessoas. Estou convencido que a 26 de setembro vamos conseguir recuperar uma parte substancial desse terreno perdido”, insistiu.

O líder social-democrata salientou que a mudança “que o país precisa” não se materializa apenas com a mudança de Governo, considerando que “o poder local é muito importante na política portuguesa, porque toma decisões todos os dias que são fundamentais” para o quotidiano das pessoas.

A mudança deve começar já nas eleições autárquicas para dar à governação do poder local uma visão diferente daquela do PS, “que diz sempre a mesma coisa — mais Estado, mais impostos —”, enquanto o PSD quer “dar mais poder e mais liberdade às pessoas, para que possam definir o seu destino, em igualdade de oportunidades”, defendeu Rui Rio.

O entusiasmo do líder social-democrata não tem, para já, reflexo nas sondagens. Nas duas publicadas hoje, relativas à Amadora, Suzana Garcia, candidata do PSD, mantém-se longe do PS.

Apesar dos números muito díspares apresentados — na sondagem do ISCTE/ICS para o Expresso e para a SIC, a candidata tem um potencial de voto de 30% (eleitores que não afastam a possibilidade de votar em Garcia) e na realizada pela Aximage para o Diário de Notícias reúne 16% das intenções de voto (eleitores cujo voto está decidido) — trata-se de uma margem confortável, nos dois casos, para a candidata do PS, Carla Tavares, atualmente a liderar a autarquia.

ZAP //

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4 Comments

  1. Apesar de a Suzana ser uma candidata laranja “de peso” ainda não tem “peso” suficiente para ser presidente.
    Precisa de aumentar o “peso”.

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