Rui Rio diz que má gestão da ADSE ajudou ao abuso dos privados

Hugo Delgado / Lusa

Rui Rio afirmou este domingo que tem existido abusos inaceitáveis e que a culpa é da “má gestão” do sistema. O líder do maior partido da oposição defendeu ainda que a ADSE “não pode acabar”, uma vez que presta um “bom serviço”.

O presidente do PSD, Rui Rio, disse este domingo, em Coimbra, que tem havido ao longo dos anos abusos dos privados em relação à ADSE, que não são aceitáveis e se devem fundamentalmente à má gestão do subsistema de saúde.

Tem havido ao longo dos anos por parte dos privados abusos que não são minimamente aceitáveis”, afirmou Rui Rio, que falava aos jornalistas, em Coimbra, à margem da sessão de encerramento da Academia Calvão da Silva, que teve início na sexta-feira, naquela cidade.

“Esses abusos devem-se fundamentalmente a uma ADSE mal gerida”, sustentou o líder do maior partido da oposição, considerando que se o instituto de proteção e assistência na saúda aos funcionários públicos fosse “bem gerido, não permitia esses abusos”.

Antes de mais, é preciso “por a ADSE a funcionar como deve ser e não permitir esses abusos e a negociar com os privados como deve ser”, defendeu.

A ADSE é “absolutamente essencial” e “não pode acabar, não deve acabar, presta um bom serviço” a cerca de 1,2 milhões de portugueses. “Tem de continuar a prestar esse serviço, mas a preços mais baixos, através dessa negociação e do evitar desses abusos”, salientou Rui Rio.

Se a ADSE acabasse, as pessoas que beneficiam dos seus serviços “ficavam pior” e “ficávamos pior todos nós”, utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS), alertou o presidente do PSD, explicando que o SNS “está a rebentar pelas costuras” e (com o fim da ADSE) “caiam-lhe em cima mais um milhão e 200 mil portugueses”.

A ADSE tem de ser melhorada, não tanto pelo serviço que presta, que é bom, mas nos custos desse mesmo serviço”, concluiu.

A academia política promovida pela JSD e batizada com o nome de Calvão da Silva – ex-ministro, antigo líder distrital de Coimbra e presidente do Conselho de Jurisdição Nacional na liderança de Passos Coelho, que faleceu há cerca de um ano, vítima de doença prolongada – começou sexta-feira e terminou no domingo.

ZAP // Lusa

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