O futebolista português Rúben Semedo, internacional sub-21 que joga no clube espanhol Villarreal, vai ficar em prisão preventiva, a aguardar julgamento, depois de ter sido acusado de tentativa de homicídio.
Um juiz do tribunal de Líria, nos arredores de Valência, em Espanha, decidiu, nesta quinta-feira, manter Rúben Semedo em prisão preventiva, sem direito a pagamento de fiança, depois de ter ouvido o jogador.
O jornal Las Provincias, que cita o Tribunal Superior de Justiça da Comunidade Valenciana (TSJCV), anuncia que o jogador português está acusado de tentativa de homicídio, agressões, ameaças, sequestro, detenção ilegal de armas e roubo com violência.
Uma pessoa que apresentou queixa a 12 de Fevereiro afirmou que Rúben Semedo e outros dois homens o ataram e agrediram, deslocando-se depois ao seu apartamento, com as suas chaves, para lhe roubar dinheiro.
A vítima identificou o jogador e um primo deste como duas das três pessoas que o atacaram, e que lhe terão provocado lesões várias que o obrigam a usar muletas para se deslocar.
O queixoso também declarou que um dos agressores disparou duas vezes com uma pistola para o intimidar, sem o atingir.
Nas buscas efectuadas na casa do jogador, a polícia terá encontrado uma arma ilegal, anunciou a imprensa espanhola.
O advogado de Rúben Semedo já disse que a arma não pertencia ao jogador, justificando o seu comportamento com o facto de ter sido vítima de burla por parte da pessoa agredida.
É a terceira vez, nos últimos meses, que o jogador português está envolvido em incidentes graves que estão a ser investigados pela polícia espanhola.
Rúben Semedo já tinha sido detido em Novembro de 2017, depois de alegadamente ter ameaçado e agredido um homem, nas imediações de uma discoteca de Valência.
Em Outubro do ano passado, o futebolista esteve envolvido noutro incidente no parque de estacionamento de uma discoteca, onde terá agredido um jovem na cabeça com uma garrafa de vidro.
Na segunda-feira, o Villarreal anunciou a abertura de um processo disciplinar a Rúben Semedo “para investigar os factos” que o envolvem nestes incidentes.
ZAP // Lusa