Estudantes vão ser mais rápidos do que a NASA — e ter um rover na Lua já em maio

(dr) Universidade Carnegie Mellon

Iris, o rover universitário na Lua

Universidade Carnegie Mellon pronta para fazer história, já daqui a um mês. O protagonista chama-se Iris – e terá uma companhia (es)cultural.

E a Lua volta a ser assunto frequente nas notícias, décadas depois.

No início desta semana a NASA apresentou os quatro astronautas que vão à Lua em 2024; ou seja, 52 anos depois da última missão Apollo.

Mas a cerca de quatro horas de distância da sede da agência espacial norte-americana, a Universidade Carnegie Mellon está pronta para fazer história, no mesmo contexto.

Um projecto dessa universidade, composto essencialmente por estudantes, vai enviar o primeiro rover americano à Lua. Antes da NASA.

O protagonista chama-se Iris, de acordo com a universidade dos EUA.

E vai acontecer já daqui a um mês. A previsão da data de lançamento é 4 de Maio, com auxílio de um foguete da United Launch Alliance, que levará os projectos universitários até ao planeta satélite da Terra.

A NASA nunca colocou na Lua um rover — um pequeno veículo autónomo com diversos instrumentos científicos de exploração do meio ambiente. Já enviou alguns para Marte, como os míticos Curiosity, Oportunity (que “morreu” em 2019 após 15 anos a explorar o planeta vermelho) e Perseverance.

A agência espacial norte-americana pensa colocar o seu primeiro rover na Lua no final de 2024. Mas estes estudantes da universidade privada em Pittsburgh vão antecipar-se.

“Centenas de estudantes dedicaram milhares de horas ao Iris. Trabalhamos durante anos nesta missão e ter uma data de lançamento no calendário é um passo empolgante”, comentou o professor e gerente do programa, Raewyn Duvall, no portal ZME Science.

Mais concretamente, foram cerca de 300 alunos envolvidos neste projecto. O Iris vai ter a missão de tirar fotografias e enviá-las para a Terra. Vai estar na Lua durante 60 horas (dois dias e meio).

Será primeiro rover desenvolvido por estudantes, o menor e mais leve até agora, e o primeiro com chassis e rodas de fibra de carbono. Tem o tamanho de um forno.

“No espaço, o que importa é que voe”, resumiu o professor William Whittaker.

O rover terá a companhia de MoonArk, um “projecto de escultura colaborativa”. Mais concretamente, o trabalho de 18 universidades e organizações, 60 membros da equipa e mais de 250 artistas, designers, educadores, cientistas, engenheiros, coreógrafos, poetas, escritores e músicos.

Consiste em câmaras de titânio, platina e safira; e tem centenas de imagens, poemas, música, nano-objetos, mecanismos e amostras da Terra.

O MoonArk pretende celebrar a criatividade e o conhecimento humanos e preservá-los para as próximas gerações.

Será o primeiro projecto de escultura neste tipo de missões. Na verdade, será o primeiro objecto ligado à cultura da Terra colocado noutro planeta.

É uma peça de museu enviada para a Lua.

ZAP //

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