Depois de ter sido roubado há 15 anos, manuscrito de Nostradamus voltou a casa

Ministério da Cultura de Itália

O livro passou por uma feira da ladra em Paris e foi encontrado por uma equipa italiana após uma leiloeira o ter colocado numa lista de produtos a vender.

Um manuscrito antigo do astrólogo francês Michel de Nostredame, conhecido como Nostradamus, foi devolvido a uma biblioteca em Roma depois de ter desaparecido após ter sido roubado há 15 anos.

O texto, intitulado Nostradamus M Prophecies, tem cerca de 500 anos e foi redescoberto no ano passado, após ter sido colocado na lista de produtos à venda por uma leiloeira alemã, escreve o The Guardian.

Não se sabe ao certo quando é que o manuscrito de 500 páginas foi roubado do centro de estudos históricos dos Barbanitas de Roma, mas acredita-se que o furto teve lugar em 2007.

O livro andou pelas feiras da ladra em Paris e na cidade alemã e de Karlsruhe antes de um vendedor de arte o ter tentado vender através de uma casa de leilões em Pforzheim, Baden-Württemberg, por um preço mínimo de 12 mil euros.

Os investigadores do grupo que protege o património cultural de Itália descobriu o livro no site da leiloeira em Abril do ano passado e identificou-o como sendo propriedade da biblioteca em Roma devido a um carimbo datado de 1991 numa das suas páginas.

Uma investigação foi aberta após as autoridades romanas contactarem as autoridades em Pforzheim. O manuscrito acabou por voltar a casa 15 anos depois, tendo chegado à biblioteca no dia 4 de Maio.

Desde a sua fundação em 1969, a equipa italiana dedicada à proteção do património cultural do país já recuperou mais de 3 milhões de artefactos. Em Dezembro de 2021, os Estados Unidos devolveram quase 200 antiguidades a Itália, incluindo uma escultura romana que quase foi vendida à socialite Kim Kardashian.

Michel de Nostredame nasceu na região de Provença, no sul de França, em 1503. Tornou um médico de sucesso, mas também ganhou notoriedade pelo seu trabalho como astrólogo e vidente. Algumas das suas previsões eram tão crípticas que ainda hoje há teorias sobre o seu significado.

ZAP //

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