Ronaldo tinha planos para se retirar em 2015

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Miguel A. Lopes / Lusa

Cristiano Ronaldo, em 2015

O antigo internacional português Costinha revelou que Cristiano Ronaldo, no início da carreira, dizia que pretendia deixar o futebol aos 30 anos.

Numa entrevista à ESPN Brasil, divulgada este domingo, Costinha fez uma revelação curiosa sobre Cristiano Ronaldo.

O antigo médio revelou que, quando jogava com Ronaldo na seleção (2003-2006), CR7 dizia que queria abandonar o futebol aos 30 anos.

“Eu recordo-me dele desde muito novo, ele estreou-se contra o Cazaquistão, em 2003. A única coisa que eu estranhei, na época, era que ele dizia que aos 30 anos queria abandonar o futebol”, contou, citado pel’A Bola.

“Ele disse-me: ‘Costa, vou jogar até aos 30 e depois vou fazer algo diferente’. Eu pensei que era difícil. ‘É muito difícil que isso vá acontecer contigo, pela tua forma de ser’. E passaram dez anos e ele continua a jogar tanto e bem”, relatou Costinha.

E se o craque português tivesse mesmo pendurado as botas aos 30, em 2015?

Cristiano Ronaldo não teria marcado 438 golos (quase tantos como antes dos 30), não teria vencido duas Bolas de Ouro (2016 e 2017).

Além disso, coletivamente, CR7 não teria ganho três Ligas dos Campeões (2016, 2017 e 2018), ao serviço do Real Madrid; e, pela seleção nacional, não teria ganho o Euro (2016) nem a Liga das Nações (2019).

“Isto”, entre outras tantas conquistas – coletivas e individuais – que não ficam nada atrás daquelas que precederam os 30.

Nascido a 5 de fevereiro de 1985, Ronaldo está a apenas 25 golos de superar aqueles que marcou até ao dia 5 de fevereiro de 2015. Alcançada essa marca, ficará a apenas 74 dos 1.000 golos na carreira.

Será que quando CR7 confessou a Costinha os planos de se retirar aos 30, alguma vez pensou em bater este recorde? Ronaldo, pelos vistos, não, mas o companheiro de seleção já adivinhava o que aí poderia vir.

“Percebia-se rapidamente que era impossível isso acontecer, tamanho era o nível de perfeição que ele ia buscar em qualquer situação que lhe aparecesse pela frente”, fundamentou o antigo número 6.

A verdade é que Ronaldo continua a ser decisivo. Ainda este domingo, o capitão da seleção deu a vitória a Portugal, com o um golo perto do fim, depois de ter começado o jogo no banco (e Portugal ter começado a perder).

ZAP //

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