Ronaldo bate recorde de longevidade na Seleção, ao jogar 6.426 dias depois

John Thys / AFP

Cristiano Ronaldo, seleção de Portugal vs Luxemburgo

Cristiano Ronaldo tornou-se hoje o jogador com a carreira mais longa ao serviço da seleção portuguesa de futebol, superando o malogrado Vítor Damas, ao cumprir a 171.ª internacionalização ‘AA’ 6.426 dias depois da primeira.

Ao começar de início o embate com os azeris, em Turim, casa da sua Juventus, Ronaldo aproximou-se da maioridade na formação das ‘quinas’, já que a estreia aconteceu em 20 de agosto de 2003, precisamente há 17 anos, sete meses e dois dias.

Desta forma, o capitão da seleção lusa bateu mais um recorde na seleção nacional, este na posse de Vítor Damas desde o seu 29.º e último encontro na principal formação das ‘quinas’, em 11 de julho de 1986, na malfadada fase final do Mundial de 1986.

Por culpa da lesão sofrida pelo titularíssimo Bento num treino, depois da estreia vitoriosa face à Inglaterra (1-0), Damas foi chamado ao onze, defrontando a Polónia (0-1) e Marrocos (1-3), em duas derrotas que ditaram o prematuro adeus luso.

Quando defrontou os marroquinos, com 38 anos, o então guarda-redes do Sporting envergou a camisola das ‘quinas’ 6.305 dias, ou 17 anos, três meses e cinco dias, após a estreia, num particular com o México (0-0), a 6 de abril de 1969.

Vítima de um cancro, Damas, que enchia a baliza com grande elegância e elasticidade, morreu em 13 de setembro de 2003, com apenas 55 anos, curiosamente poucos dias depois da estreia de Cristiano Ronaldo pela seleção lusa.

Ricardo, o ex-guarda-redes de Sporting, Racing Santander, Vitória de Guimarães e Portimonense caiu agora para o segundo lugar da tabela dos jogadores com maior longevidade na seleção lusa, que tem ainda no pódio o também malogrado Rui Jordão.

Nascido na cidade angolana de Benguela, Jordão estreou-se pela seleção das ‘quinas’ em 29 de março de 1972 e despediu-se em 25 de janeiro de 1989, o que perfaz um intervalo de 6.146 dias, ou 16 anos, nove meses e 27 dias.

Internacional AA em 43 ocasiões, enquanto jogador do Benfica, Sporting e Vitória de Setúbal, Jordão destacou-se ao marcar o golo que garantiu o primeiro apuramento de Portugal para um Europeu (1-0 à União Soviética), o Euro84, e bisar na triste meia-final com a França (2-3 após prolongamento).

A presença de Jordão no pódio começa, porém, a ser ameaçada, nomeadamente por João Moutinho, que, como também é titular hoje, fica com um intervalo de 5.698 dias, aproximando-se perigosamente do ex-jogador falecido em 18 de outubro de 2019.

Moutinho, que se estreou na seleção principal em 17 de agosto de 2005, ainda tem, primeiro, de ultrapassar Nuno Gomes, atual quarto da tabela, com 5.739 dias, ou 15 anos, oito meses e 17 dias, entre 24 de janeiro de 1996 e 11 de outubro de 2011.

No sexto lugar, surge Ricardo Quaresma, que cumpriu a estreia uns meses antes de Cristiano Ronaldo, em 10 de junho de 2003, mas não joga desde 30 de junho de 2018: soma um intervalo de 5.499 dias, e, se ainda vier a ser chamado, pode saltar para a frente.

Se Portugal se conseguir qualificar para o Mundial de 2022, e se Cristiano Ronaldo estiver em condições de estar presente, será a sua quinta fase final num Campeonato do Mundo, depois de 2006, 2010, 2014 e 2018.

A confirmar-se, Ronaldo igualará três jogadores que estiveram igualmente em cinco Mundiais: Antonio Carbajal, Lothar Matthaus e Rafael Márquez. O capitão da Seleção portuguesa poderá ainda isolar-se no comando da lista de jogadores com mais fases finais de Europeus e Mundiais, chegando às nove presenças no total.

ZAP // Lusa

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