O futebolista português declarou, esta quarta-feira, estar tranquilo perante as notícias de evasão fiscal pela justiça espanhola, que o acusa de defraudar o fisco espanhol em 14,7 milhões de euros.
Na partida da comitiva da seleção portuguesa de futebol que vai disputar a Taça das Confederações, na Rússia, o capitão da seleção portuguesa foi questionado à entrada da porta do Aeroporto Humberto Delgado por uma equipa de televisão espanhola, que o confrontou com as últimas notícias dos jornais.
“Estou de consciência tranquila”, atirou, de longe, Cristiano Ronaldo, deixando ainda uma garantia sobre a sua serenidade face a esta polémica: “Sempre tranquilo”.
A Gestifute, empresa que gere a carreira do futebolista, já reagiu também esta terça-feira à acusação da justiça espanhola através de um comunicado, negando “qualquer tipo de esquema fiscal montado” pelo jogador para evadir impostos.
Por sua vez, António Lobo Xavier, um dos advogados do internacional português, entende que a acusação contra o jogador se deve a uma diferença de opinião que não tem base em qualquer lei.
O Real Madrid também já veio a público notar que tem “total confiança” em Cristiano Ronaldo e que acredita que este terá “atuado em concordância com a legalidade”.
Jorge Mendes ouvido na investigação a Falcao
Entretanto, Jorge Mendes vai ser ouvido como arguido, a 27 de junho, no Tribunal de Instrução número 1 de Pozuelo de Alercón, Madrid, no caso da alegada fuga fiscal do jogador Radamel Falcao.
De acordo com as fontes da EFE, o mesmo tribunal será o responsável por investigar a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Madrid contra Ronaldo.
No que respeita ao internacional colombiano, o atual jogador do Mónaco e ex-jogador do FC Porto foi acusado de uma fraude fiscal no valor de 5,66 milhões de euros, em 2012 e 2013, quando atuava no Atlético de Madrid.
O Ministério Público de Madrid também acusou o português Fábio Coentrão, companheiro de equipa de CR7 no Real Madrid, de ter defraudado o fisco espanhol em 1,29 milhões de euros, entre 2012 e 2014.
A Falcao e Coentrão são imputados cinco delitos contra a Fazenda Pública espanhola, tendo em conta os dados recolhidos pelo fisco sobre as suas situações fiscais.
Falcao é acusado de ter criado uma sociedade com o único fim de ocultar à Fazendo Pública espanhola as receitas geradas em Espanha pelos seus direitos de imagem obtidos em 2012 e 2013 – 822.609 e 4.839.253 euros, respetivamente -, valores que também não foram declarados fora de Espanha.
Antes, o argentino Ángel Di Maria e o português Ricardo Carvalho, ambos ex-jogadores do Real Madrid, também foram acusados de alegados delitos fiscais, sendo que Jorge Medes, dono da Gestifute, representa todos os futebolistas.
ZAP // Lusa