Rio “atirou” Costa aos macacos e pediu aos eleitores que “penalizem” o descaramento do PS

Rui Rio afirma nunca ter visto um “desplante” semelhante ao do PS no que respeita a promessas eleitorais como o que está a acontecer na atual campanha para as autárquicas.

Mais um dia, mais uma capelinha. Rui Rio está na estrada para com os seus candidatos autárquicos e esta quinta-feira foi dia de mostrar o seu apoio a Alexandre Poço, candidato que ganhou notoriedade pelos seus cartazes inusitados e que tem em mãos a difícil tarefa de concorrer com Isaltino Morais, antigo ministro do PSD que goza de uma confortável vantagem nas sondagens.

O antigo presidente da Câmara do Porto reconheceu que Oeiras “não é fácil” para o PSD atualmente, daí a aposta num “rosto do futuro”. Rio fez-se também acompanhar de figuras de peso do partido, como Isabel Meireles, André Coelho Lima (dois dos seus vices), David Justino e de Joaquim Miranda Sarmento. “Todos os que aqui estão, estão a ajudar a tornar possível uma missão que antes parecia ser impossível”, explicou.

Na ação de campanha que decorreu no mercado de Algés, Rio aproveitou para lançar farpas a António Costa, que acusa de “demagogia” nas promessas, nomeadamente no recente anúncio da construção da maternidade de Coimbra, novidade que o secretário-geral do PS introduziu na campanha esta semana. O líder social-democrata pediu mesmo aos eleitores que “penalizem” os socialistas.

Rui Rio aproveitou ainda a ocasião para assumir o seu orgulho pelo PSD, referindo-se à posição do deputado Maló de Abreu, no Parlamento, sobre a transferência da sede do Tribunal Constitucional de Lisboa para Coimbra. Um sentimento que gostava que se estendesse ao Partido Socialista, novamente sobre a maternidade que já havia sido uma promessa de campanha de Marta Temido quando era candidata a deputada, lembra o Público.

“Não queria acreditar que o primeiro-ministro e líder do principal partido na Assembleia da República viesse fazer isto. Tenham também orgulho, eu não faço isso, não posso prometer o que é impossível“, explicou.

Anteriormente, em Portalegre, Rio já tinha falado no “desplante” das promessas eleitorais de alguns partidos. “Não realizam maternidade nenhuma e ontem o primeiro-ministro/líder do PS, na sua dupla função, aparece em Coimbra e diz que, nas próximas três semanas, ‘nós fazemos a maternidade’. Agora podia quase parafraseá-lo: “Macacos me mordam se isto é verdade. Como é evidente não é verdade. Eu acho que os macacos lhe vão morder”.

O líder social-democrata referia-se à afirmação de António Costa num comício em Aveiro. “Macacos me mordam se não somos capazes de ir buscar não só o que já decidimos, como os mais 2.300 milhões de euros que podemos ir buscar”, de empréstimo”, afirmou o socialista.

Finalmente, Rio disse não ter memória de ter visto numa “eleição recente um desplante e um descaramento desta ordem, a prometer, a prometer e a prometer”. Em jeito de antevisão, revelou que espera que o seu partido saia “reforçado” e que se confirme como “um grande partido nacional”.