Revolução na Santa Casa: hospitais à venda e mais de 200 trabalhadores dispensados

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(dr) Governo de Portugal

Paulo Alexandre Sousa, novo provedor da Santa Casa

Plano de reestruturação prevê reduzir os custos operacionais da instituição em 15% com venda de património, redução das rendas pagas, cortes no pessoal e introdução de novos jogos.

Para enfrentar a queda nas receitas e o aumento dos custos, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) está a preparar uma reestruturação sob a nova liderança de Paulo de Sousa.

O plano de reestruturação, aprovado pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, é composto por várias medidas que serão implementadas até 2027 para reverter a crise.

Entre as principais ações da reestruturação, a que o jornal Sol teve acesso, estão a venda de património, incluindo o Hospital da Cruz Vermelha e a Clínica de Chelas, bem como a alienação de terrenos e imóveis devolutos em Lisboa.

A SCML espera duplicar a rentabilidade do seu património imobiliário de 1,9% para 4%. Ao mesmo tempo, prevê a redução das rendas pagas, que atualmente somam 1,7 milhões de euros.

Corte no pessoal

A reestruturação de pessoal é outra medida entre as previstas. Até 2027, 207 postos de trabalho serão eliminados de forma gradual, com foco na reforma antecipada de trabalhadores mais velhos.

O objetivo é reduzir os custos operacionais da instituição em 15% através da fusão de serviços e uma gestão mais eficiente dos recursos humanos.

O objetivo da nova mesa é, segundo o jornal Público, chegar ao próximo ano com 5.807 trabalhadores contra os atuais 6.014, dos quais 1.838 trabalhadores com idade igual ou superior a 55 anos.

Na área da saúde, a SCML planeia reduzir os prejuízos no Centro Hospitalar com a fusão do Hospital Ortopédico de Santana e o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, além de aumentar o número de camas nos cuidados continuados.

Novos jogos e abate da internacionalização

Em relação aos jogos sociais, a instituição pretende aumentar a receita abrindo mais medidores e investindo em novos terminais de jogo.

 

A internacionalização, iniciada pela anterior gestão com investimentos no Brasil e no Peru, será progressivamente desfeita devido a questões legais e judiciais, revertendo assim a polémica em torno da Santa Casa Global.

A nova Mesa, ao seguir a estratégia, espera alcançar um resultado líquido de 38,5 milhões de euros até 2025, com aumentos anuais previstos até 2027. O plano traça uma linha clara: património e jogos são os pilares fundamentais para o sucesso da SCML nos próximos três anos, revertendo a tendência de queda nas receitas dos jogos, que baixaram de 3,1 mil milhões para 3 mil milhões desde 2023.

ZAP //

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6 Comments

  1. Se houver excesso de pessoal, que nada faz acho muito bem cortar na despesa, chega de parasitas e de inúteis ou coloquem nos a fazer algo de útil!

  2. O Hospital da Luz, podia comprar o Hospital da Cruz Vermelha, que é um Hospital de fácil entrada para pessoas com imobilidade, e como são os dois comparticipados pela seguradora Médis, acho que era uma boa ideia, “Hospital da Cruz Vemelha, Luz” porque é uma pena, perdermos o Hospital da Cruz Vermelha!

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  3. Entraram parasitas para a gestão, foram para o Brasil fazer asneira, deram prejuizos incalculaveis, nada lhes acontece mas toca a despedir trabalhadores… que são uns xuxas. Este povo é mesmo um cêpo

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