As revelações de Mbappé: um basta na Selecção e os telefonemas de Macron

Yuri Kochetkov / EPA

Kylian Mbappé faz revelações numa entrevista à Sports Illustrated que envolvem telefonemas do presidente de França, Emmanuel Macron, para ficar no Paris Saint-Germain e ainda a ameaça que fez de deixar a Selecção do seu país devido a insultos racistas.

A poucos dias do arranque do Mundial 2022, Kylian Mbappé faz a capa da revista Sports Illustrated com algumas revelações sobre os últimos tempos da sua carreira.

Assim, o jogador da Selecção Francesa aborda os momentos difíceis depois do Euro 2021, campeonato onde os “Bleus” foram eliminados nos oitavos-de-final pela Suíça. Mbappé falhou um penálti decisivo nesse Europeu e acabou por ser alvo de insultos racistas.

O avançado do Paris Saint-Germain (PSG) revela, agora, que pensou seriamente deixar de representar a Selecção Francesa.

“Eu disse: não posso jogar por pessoas que pensam que sou um macaco. Não vou jogar”, conta Mbappé na revista norte-americana.

“Mas depois, aproveitei para reflectir com todas as pessoas que jogam comigo e me incentivam. E penso que não é uma boa mensagem, abandonar“, pois “sou um exemplo para muita gente no mundo”, refere ainda o jogador.

Esta é a nova França… Foi por isso que não desisti da Selecção Nacional. Porque é uma mensagem para a geração mais jovem dizer: somos mais fortes que isso“, conclui o avançado.

Macron ajudou PSG a manter Mbappé

Na Sports Illustrated, Mbappé ainda revela que o presidente de França, Emmanuel Macron, lhe fez “algumas chamadas”, em “Dezembro, Janeiro, Fevereiro, Março”, para o convencer a ficar no PSG e a rejeitar a proposta do Real Madrid, o clube onde sonhava jogar na infância.

[Macron] ligou e disse: ‘Eu sei que queres sair. Eu quero dizer-te que também és importante em França. Não quero que vás embora. Tens a oportunidade de escrever a história aqui. Todos te adoram”, conta Mbappé.

“Eu disse que apreciei, porque é muito louco. O presidente liga-te e quer que tu fiques”, refere ainda o jogador.

Note-se que Macron é adepto do Marselha, mas escolheu o patriotismo acima do clubismo e ajudou o PSG a manter Mbappé no clube.

Sobre esta escolha de ter ficado em Paris, com um mega-contrato, o avançado francês fala de “uma grande oportunidade” para poder “escrever o nome na história do país para sempre“.

Tinha sido mais fácil ir para Madrid, mas tenho esta ambição. Sou francês. Sou um filho de Paris e ganhar em Paris, é algo realmente especial – realmente especial”, sublinha Mbappé.

Nas vésperas do Mundial, Mbappé vai sonhando também com a possibilidade de “fazer história” com a Selecção Francesa, conquistando o segundo Mundial consecutivo no Catar.

ZAP //

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