Reunião analisou a situação económica e social internacional e nacional, além de lamentar as vítimas dos incêndios. E mais?
A reunião desta terça-feira do Conselho de Estado, dedicada à análise da “situação económica e social internacional e nacional”, terminou sem a divulgação de conclusões e com um voto de pesar pelos incêndios de setembro.
Quanto ao tema em análise, no comunicado da Presidência da República distribuído aos jornalistas no fim da reunião, que durou cerca de quatro horas e vinte minutos, lê-se apenas que “o Conselho de Estado analisou a situação internacional e nacional“.
Segundo a mesma nota, o órgão político de consulta presidencial “formulou um voto de profundo pesar pelos trágicos incêndios ocorridos no nosso país, em especial nas regiões Centro e Norte, na semana de 15 de setembro de 2024, evocando respeitosamente as vítimas mortais e suas famílias, bem como manifestando a solidariedade às populações afetadas e a todos os que combateram os incêndios.”.
A reunião teve lugar no Palácio de Belém, em Lisboa, com início pelas 17:10 e fim perto das 21:30, e uma ausência, do antigo Presidente da República António Ramalho Eanes, num contexto de negociações orçamentais, nove dias antes da entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2025.
Entre o primeiro a sair do encontro (André Ventura) e um dos últimos (Luís Montenegro), ninguém falou com os jornalistas.
Nos dias que antecederam o Conselho de Estado, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assumiu que tem estado a exercer pressão para a aprovação do Orçamento do Estado, mas negou, contudo, que a reunião do órgão político de consulta presidencial fosse para tentar condicionar as negociações orçamentais.
A próxima reunião do Conselho de Estado será só depois da entrega do Orçamento; não se sabe em que dia.
ZAP // Lusa