Assunção Cristas, líder do CDS, admitiu em entrevista ao Jornal de Negócios que os resultados do ministro das Finanças, Mário Centeno, são bons, mas a forma como foram alcançados não.
Se a ex-professora universitária tivesse de avaliar a política de finanças públicas de Mário Centeno, a nota seria negativa. “Os resultados são bons, mas o caminho para lá chegar não é bom. E isso faz toda a diferença. Não basta ter resultados”, disse Assunção Cristas, esta segunda-feira, em entrevista ao Jornal de Negócios.
O caminho percorrido pelo atual ministro das Finanças foi mau porque, segundo a líder centrista, “assenta na maior carga fiscal de sempre de uma forma ínvia e porque assenta em orçamentos que prometiam uma coisa e que, na prática, levaram a um garrote financeiro brutal nos serviços públicos, o que depois se traduziu em maiores custos”.
Na mesma entrevista, Cristas defendeu uma avaliação dos serviços públicos, isto é, não só dos funcionários mas também dos próprios serviços. Para a líder do CDS, esta avaliação deveria ser feita pelos utentes e “não só”. “Uma avaliação externa aos próprios serviços da AP. É essencial, é indutor de transformações e ajuda os serviços a progredirem.”
Além disso, defendeu ainda a necessidade de introduzir a lógica do mérito no setor público. “O mérito tem de contar. Uma das formas de qualificar a função pública é, por exemplo, permitir que entrem funcionários não pela base da carreira, mas a meio da carreira para funções superiores e dirigentes”, explicou.
“Com melhor organização dos serviços, mais autonomia, avaliando os próprios serviços e não apenas os funcionários, teríamos melhores resultados e poderíamos melhorar também as competências”, rematou.
Então sai da frente e desaparece do caminho…