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Restos de antigo navio de guerra descobertos no local da Batalha das Ilhas Égadas

RPM Nautical Foundation

Pedaço de um dos aríetes encontrados no local da Batalhas das Ilhas Égadas.

Uma equipa de arqueólogos recuperou mais dois aríetes de um navio de guerra no local da Batalha das Ilhas Égadas.

Além dos dois aríetes, os investigadores já encontram no local dezenas de balas de chumbo usados como projéteis letais em combate, vários capacetes e armadura de bronze e moedas romanas e helenísticas.

Na mesma área, o levantamento identificou um naufrágio extremamente grande transportando ânforas produzidas na Lusitânia (Portugal moderno) e na Hispânia Bética (Espanha), datando da primeira metade do século IV d.C., escreve o HeritageDaily.

“Juntamente com os resultados dos anos anteriores, as descobertas feitas neste verão revelam ainda mais o panorama desta antiga batalha naval, que até à data é de longe a mais bem documentada do ponto de vista arqueológico”, disse Valeria Li Vigni, diretora da Soprintendenza del Mare, a agência governamental que supervisiona o património cultural subaquático na Sicília.

A Batalha das Ilhas Égadas foi a batalha naval que marcou o fim da Primeira Guerra Púnica, travada em 241 a.C, entre Cartago e a República Romana. As duas maiores potências do Mediterrâneo lutaram pela supremacia, especialmente na Sicília e nas águas vizinhas, mas também no norte da África.

Cartago acabaria por aceitar os termos de paz oferecidos por Roma depois de mais de vinte anos de batalhas e depois de sofrer uma pesada derrota nas ilhas Égadas. Cartago assinou o Tratado de Lutácio, no qual Cartago entregou Sicília a Roma e pagou indemnizações.

Cartago começou a guerra como o grande poder marítimo na região enquanto Roma não tinha nada além de uma pequena frota de navios de guerra. No entanto, durante a guerra, Roma construiu uma poderosa marinha, desenvolveu novas táticas e utilizou de forma estratégica a sua marinha, o seu exército e as suas alianças na Sicília para conseguir expulsar os cartagineses da ilha.

Daniel Costa, ZAP //

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