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Rescisões na RTP deverão ficar abaixo do expectável

rtppt / Flickr

Alberto da Ponte

Alberto da Ponte

O número de rescisões por mútuo acordo na RTP deverá ficar abaixo do expectável, apesar da empresa ter prolongado por mais uns dias o programa, disse, em entrevista à Lusa, o presidente da empresa, Alberto da Ponte.

O prazo do programa de rescisões terminou a 31 de Março, mas “resolvemos prolongar por mais uns dias porque houve pessoas que se candidataram à última hora”, adiantou o gestor.

Apesar de não haver uma meta fixa, Alberto da Ponte admite números entre as 20 e as 30 rescisões quando o “que seria expectável seria 50”, mas o gestor acaba mesmo por admitir que em termos de saídas o número “não vá acima dos 20“.

“A única meta fixa que existe é o custo orçamentado dos gastos com pessoal e esse, em conta de exploração, não contando com as indemnizações, anda à volta dos 52 milhões de euros”, explicou Alberto da Ponte.

“Transitámos de 2013 com um custo (…) anualizado de cerca de 75 milhões de euros, o que nos aponta para uma redução de custos de pessoal com 23 milhões de euros”, disse

Questionado sobre se o volume de rescisões esperadas deixa a empresa a uma distância do objectivo de corte de custos estimado, Alberto da Ponte disse que sim.

“Vai deixar esse objectivo a uma distância grande, mas a única coisa que tenho a dizer é que não é só a RTP nisto. Se for olhar para o panorama, e é um facto infeliz e eu realço com grande lástima e com grande pena, chegámos à conclusão que nós somos dos grupos que talvez tenha demorado mais a fazer uma espécie de ‘rightsizing’ [reestruturação] da empresa”, acrescentou.

Alberto da Ponte lembrou que grupos como a Impresa, Cofina ou Controljornal passaram por um processo semelhante e apontou que os custos com pessoal na RTP deviam ter sido inferiores em 2013, o que não aconteceu devido ao atraso no financiamento para a reestruturação.

/Lusa

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