Renzi adia demissão até aprovação do Orçamento de 2017

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Matteo Renzi, primeiro-ministro italiano

Matteo Renzi, primeiro-ministro italiano

O primeiro-ministro italiano anunciou a sua demissão depois da vitória do “não” no referendo do passado domingo. No entanto, o Presidente do país pediu que adiasse a renúncia ao cargo até o Orçamento de 2017 ser aprovado.

Matteo Renzi tinha anunciado no domingo que se iria demitir, depois do retumbante “não” dos italianos no referendo constitucional de domingo.

“A minha experiência como chefe do governo termina aqui”, declarou o primeiro-ministro. “O ‘não’ venceu de forma clara. Assumo a responsabilidade pela derrota”, acrescentou.

Apresentada a demissão esta segunda-feira, o Presidente da República italiano, Sergio Mattarella, confirmou a decisão de não aceitar a demissão, pedindo para que esta só aconteça quando o Orçamento do Estado 2017 for aprovado.

Renzi aceitou “congelar” a sua renúncia ao cargo, com a condição de que a proposta orçamental é aprovada o mais rápido possível.

“Estou a fazer isto pelo sentido de responsabilidade e para evitar que se recorra ao Orçamento provisório”, afirmou, citado pelo italiano La Repubblica.

“Não posso comportar-me como uma criança caprichosa que leva a bola consigo porque perdeu o jogo”, declarou ainda.

O texto já recebeu o aval da Câmara, mas ainda precisa de ser aprovado pelo Senado. Se o OE não for aprovado até ao final do ano, Itália vai iniciar 2017 com as finanças paralisadas.

Posteriormente, quando for formalizada a sua demissão, Mattarella terá de decidir se vai escolher um novo primeiro-ministro ou convocar eleições antecipadas.

O ministro das Finanças, Carlo Padoan, é o favorito para substituir Renzi, que ocupou a chefia do governo durante dois anos e meio.

ZAP / Lusa / ABr

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