Renovadores admitem regresso ao PCP após gesto conciliador de Paulo Raimundo

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André Kosters / Lusa

Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP

Os Renovadores, expulsos do PCP no início da década de 2000, não excluem a possibilidade de regressar ao partido, depois de o secretário-geral, Paulo Raimundo, ter dito que “fazem falta”.

Ao Expresso, Carlos Brito, Cipriano Justo e outras figuras históricas do Partido Comunista mostraram algum ceticismo e impõem condições.

Há cerca de um mês, o novo secretário-geral do partido, Paulo Raimundo, disse numa entrevista à agência Lusa que os Renovadores “fazem muita falta, porque as suas opiniões são válidas para construir um partido que nós queremos mais forte”.

Carlos Brito classificou a frase como “agradável”. “Nunca houve qualquer sinal ou resposta aos nossos pedidos por parte do PCP, que sempre se referiu a nós de forma negativa”, afirmou, pedindo no entanto uma clarificação sobre se esta é uma posição oficial do partido ou só “um desabafo de um jovem dirigente”.

Por sua vez, Cipriano Justo garantiu que nunca “qualquer contacto foi feito” por parte da direção do PCP e que todas as tentativas de contacto dos Renovadores não obtiveram mais do que “respostas evasivas”.

Já Domingos Lopes indicou que as declarações de Raimundo são como “uma flor de retórica”. “O que ele diz é que os que saíram se podem reaproximar, sem dizer como”.

Contudo, caso esta seja a posição oficial do PCP, os Renovadores dizem-se disponíveis para um reingresso, com algumas condições: fim das sanções que lhes foram aplicadas e discussão da possibilidade de eleição direta dos dirigentes, para democratizar o funcionamento interno do PCP.

Os Renovadores foram sancionados pelo PCP em 2002 quando Carlos Carvalhas era secretário-geral, na sequência de várias tentativas de maior abertura do partido. Carlos Luís Figueira e Edgar Correia foram expulsos, Carlos Brito foi suspenso e outros como Domingos Lopes e Cipriano Justo acabaram por vontade própria.

ZAP //

3 Comments

  1. É o desespero desta força política liberal/maçónica ao ver o descrédito que tem e sempre teve por parte dos Portugueses, a ditar o seu fim. O Partido Comunista Português (PCP) é uma grande fraude – a seguir é o Partido Chega (CH) – e uma das forças políticas que mais contribuiu para manter o regime liberal/maçónico imposto a Portugal e aos Portugueses pelo golpe de Estado da OTAN em 25 de Abril de 1974.

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