Mikhail Metzel / Sputnik
O Presidente russo, Vladimir Putin.
Um relatório que estabelece metas do Kremlin a curto, médio e longo prazo para desestabilizar a Moldova foi revelado esta semana.
Segundo o portal Yahoo News, parte do consórcio investigativo que revelou o documento, o plano foi concebido no outono de 2021 pelo Diretório Presidencial para a Cooperação Transfronteiriça da Rússia, que recebeu dados dos serviços de informação de Moscovo.
Segundo a mesma fonte, a estratégia dos russos passa por “contrariar as tentativas de atores externos”, como os Estados Unidos (EUA), a União Europeia (UE), a Ucrânia e a Turquia, para “interferir nos assuntos internos da República do Moldova, fortalecer a influência da NATO e enfraquecer a posição da Federação Russa”.
O plano estabelece igualmente que a Moldova entre na União Económica Eurasiática e na Organização do Tratado de Segurança Coletiva.
O Yahoo News relatou ainda que o Kremlin quer neutralizar todas as tentativas do governo moldavo para expulsar a presença militar russa na região separatista pró-russa da Transnístria.
O antigo oficial do Departamento de Estado David Kramer, citado pelo jornal, afirmou que o documento “trata a Moldova como um satélite maleável, snobre o qual a Rússia pode exercer controlo e influência”. “É a atitude típica do Kremlin para com todos os seus vizinhos e comprova o objetivo de manter uma esfera de influência bem controlada”, indicou.
Um dos objetivos apontados no relatório é a “criação de grupos estáveis de influência russa entre as elites políticas e económicas da Moldova”.
A revelação do relatório segue-se a protestos contra a governação pró-ocidental de Maia Sandu e a favor de maior influência russa no país. O documento também confirma as acusações feitas por John Kirby, do Conselho de segurança Nacional dos EUA, que disse que a Rússia quer “desestabilizar a Moldova”.
A 13 de fevereiro, a Presidente da Moldava, Maia Sandu, revelou que Moscovo tem um plano para derrubar o governo do país, colocar a nação “à disposição da Rússia” e descarrilar as suas aspirações de um dia aderir à UE.
Essas informações surgiram uma semana após o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, ter dito que os serviços secretos ucranianos intercetaram informação relativa a um plano que estaria em preparação pela Rússia para atacar e desestabilizar a Moldova – dados esses partilhados com as autoridades de Chisinau.
O plano avançado pela chefe de Estado da Moldova envolve ações com a participação de indivíduos com treino militar, vestido à civil, que irão empreender atos violentos, atacar alguns edifícios estatais e até fazer reféns.
Monstro…