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Pela primeira vez em dois séculos, Reino Unido passa uma semana sem carvão

Phil McIver / Flickr

Estação de energia de Ratcliffe-on-Soar, no Reino Unido.

O Governo britânico anunciou que passou a última semana sem recorrer a energia proveniente de carvão. A última vez que este feito tinha sido alcançado foi no reinado da Rainha Vitória, no século XIX.

O Reino Unido tem feito grandes esforços para reduzir a sua pegada ecológica e, na semana passada, deu mais um passo importante nesse sentido. O país aguentou uma semana inteira sem recorrer a energia proveniente do uso de carvão que, em 2013, constituiu mais de um terço da rede energética britânica.

Sem recorrer ao carvão, uma grande parte da energia produzida no Reino Unido foi conseguida principalmente através de gás, energia nuclear e eólica. O aumento no preço do carvão e o facto de ser um material altamente poluente fez com que os britânicos decidissem cortar na sua utilização.

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Este feito surge poucos dias depois de o Reino Unido ter sido o primeiro país a declarar emergência climática. Sem efeitos vinculativos, o parlamento britânico aprovou uma moção que reconhece a necessidade de reforçar o combate às alterações climáticas e à poluição. A Irlanda seguiu o exemplo e foi o segundo país a declarar emergência climática.

Apesar de tudo, como recurso, o Reino Unido ainda tem em funcionamento centrais termoelétricas a carvão. Estas serão usadas em períodos de alta exigência energética.

“Estamos agora num bom caminho para nos tornarmos a primeira grande economia a legislar o objetivo de zero emissões”, disse Greg Clark, secretário dos Negócios e Energia britânico, em declarações à Sky News.

Segundo o All That’s Interesting, um relatório divulgado na semana passado, o Comité para Alterações Climáticas recomendou que o país suba a parada na sua meta de redução de 80% das emissões de gases poluentes até 2050. O Comité sugere que o Reino Unido chegue às zero emissões até essa mesma data.

“Este será o novo padrão. Estamos a começar a transição rumo a um futuro de baixas emissões de carbono e isso significa custos mais baixos para os clientes”, disse Julian Leslie, chefe de controlo nacional da empresa de energia elétrica do Reino Unido.

ZAP //

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