O maior rombo nas contas deveu-se às transferências do Fundo de Resolução para o Novo Banco. O Tribunal de Contas alerta para os atrasos na execução dos fundos europeus do PRR.
O parecer do Tribunal de Contas à Conta Geral do Estado de 2021, que foi entregue esta terça-feira à Assembleia da República, mostra que, desde 2008, o Estado já desembolsou 22 049 milhões de euros em apoios ao setor financeiro.
De acordo com a análise do Tribunal, citada pelo Dinheiro Vivo, “as despesas atingiram 29 587 milhões de euros e as receitas 7 538 milhões, originando um saldo desfavorável para o Estado de 22 049 milhões de euros”.
Nos números só referentes ao ano passado, o saldo foi de 213 milhões de euros, o valor mais baixo desde 2008. A despesa que mais rombo fez nas contas do Estado foi a transferência de 429 milhões de euros do Fundo de Resolução para o Novo Banco.
O Tribunal de Contas também assinala que, apesar de Portugal já ter recebido 1032,1 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência, só 71 milhões é que foram executados no ano passado, recomendando a aceleração na aplicação dos fundos.
O relatório também nota que a ajuda do Estado à TAP está mal classificada. “Ainda que não integradas na despesa efetiva, subsistem operações classificadas como despesa em ativos financeiros que visam prosseguir, essencialmente, objetivos sociais e de política pública e não se destinam a produzir retorno financeiro, pondo em causa essa classificação. Enquadra-se nesta situação o aumento de capital da TAP, SA, no valor de 998 milhões de euros”, pode ler-se.
O Tribunal de Contas alerta ainda que em 2021 “continuam a verificar-se desvios significativos entre os valores previstos e os executados, com a suborçamentação da receita fiscal e contributiva e sobre orçamentação das outras receitas correntes e de capital que, sem prejuízo da incerteza subjacente a qualquer previsão, revelam fragilidades”.
Só a TAP levou mais de 4 mil milhões… e agora vai ser novamente privatizada.
Não percebo como é que perante isto e perante o famigerado anúncio do aeroporto fantasma o ministro das infraestruturas ainda não se tenha demitido. Isto em Portugal vale mesmo tudo.
São uns verdadeiros artistas. Génios na concepção e aplicação de fintas e manobras com os dinheiros públicos. A troco de quê?!…
Mas como se vê, no final, “balato, balato”. E com direito a prémios de desempenho.
Custaram ao estado? Não. Custou foi aos contribuintes, mas eu percebo, somos controlados por totalitarismos de esquerdas.