Só um terço dos refugiados ucranianos tem acesso a ofertas de trabalho em Portugal

Nuno Veiga / Lusa

Até ao momento, apenas um terços dos refugiados ucranianos tem acesso a ofertas de trabalho em Portugal. Só foram emitidos 8.500 certificados.

No final do mês de março, as ofertas de emprego para refugiados ucranianos em Portugal eram quase 27 mil, segundo o Público. O salário médio é de 884 euros brutos, um valor abaixo do salário médio em Portugal, mas acima do salário mínimo.

Um mês depois de terem começado a chegar refugiados ucranianos a Portugal, apenas um terço deles tem acesso a ofertas de emprego.

A plataforma criada para o efeito não tem conseguido acompanhar os quase 27 mil pedidos registados. Até ao momento, só foram emitidos 8.500 certificados de concessão de autorização de residência ao abrigo do regime do proteção temporária, dos quais 700 são de menores.

Existem vagas de emprego para as áreas do turismo, construção, indústria, transportes, ação social, tecnologias de informação ou comércio. Os salários variam entre os 705 euros e os 4.000 euros brutos.

Ao matutino, o SEF explicou que os certificados são emitidos assim que a Segurança Social, o SNS e a Autoridade Tributária emitem os respetivos números de identificação fiscal e de utente.

A Autoridade Tributária admite “alguma situações pontuais de necessidade de confirmação adicional das identidades dos migrantes”, que podem levar a atrasos. Por sua vez, o Serviço Nacional de Saúde diz que os números de utente são emitidos em menos de 24 horas.

“É um problema grande porque não posso trabalhar”, diz Irina Vozniak, de 40 anos, ao Público.

“Tem sido difícil porque, num caso, o SEF escreveu mal o endereço de e-mail e então ela não recebia”, conta também Vera Lúcia Alves, portuguesa que acolheu a ucraniana Daryna Tolochoko.

A plataforma criada pelo Governo para reunir ofertas de trabalho de empresas para refugiados ucranianos em Portugal foi lançada em 28 de fevereiro.​​​​​​​

ZAP //

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