Reformas de Rio aquecem PSD. Decisão nas mãos de Montenegro e Moreira da Silva

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ppdpsd / Flickr

Rui Rio, presidente do PSD

Deputados pró-Montenegro acusaram a direção de querer condicionar o novo líder, mas foram vários os que saíram em defesa de Rui Rio. Em causa esteve o debate em torno das reformas de revisão da Constituição e do sistema eleitoral.

Na segunda-feira à noite, Paulo Mota Pinto, líder parlamentar do PSD, enviou um email aos deputados a informar que as duas propostas – um projeto de revisão da Constituição e outro projeto para alterar a lei eleitoral – iriam ser “enviadas para discussão e decisão na próxima reunião do grupo parlamentar”, que aconteceu esta quarta-feira.

Ao que o Expresso apurou, Rui Rio criticou os deputados que responderam ao email e que “o tornaram público” deliberadamente junto da comunicação social.

“Uma das regras que faço por cumprir é que o que se passa dentro de portas não deve vir para fora, mas sei que nem todos o fazem”, disse o atual líder do partido aos jornalistas, no final da reunião, sem avançar o conteúdo da discussão.

Foram os deputados Miguel Santos, Andreia Neto e Alexandre Poço, todos apoiantes de Luís Montenegro, que iniciaram o movimento de contestação. No encontro, repetiram os argumentos que já tinham invocado para criticarem o timing do debate sobre as duas propostas, uma vez que a direção nacional está de saída.

Os parlamentares entendem que não faz sentido o PSD avançar agora com propostas que têm a marca Rio porque isso seria condicionar o novo líder, que ficaria vinculado a essas mesmas propostas. Recorde-se que o PSD vai eleger o próximo presidente a 28 de maio e realizar Congresso entre 1 e 3 de julho.

Contudo, vários deputados saíram em defesa de Rio, invocando argumentos como o da autonomia da bancada parlamentar.

“Não se queixavam de não sermos combativos e não tomarmos a dianteira das propostas? Agora queixam-se porque estamos a ser propositivos em excesso?”, comentou um deputado rioísta ao semanário Expresso.

Fonte presente na reunião contou que se criou uma “onda de solidariedade” em torno da direção nacional do PSD, que entende que o trabalho, iniciado na legislatura passada, não deve ser deitado ao lixo. Artur Soveral de Andrade, Sofia Matos, Lina Lopes, Afonso Oliveira e Carlos Reis foram alguns dos que se manifestaram a favor.

O meio termo foi a solução encontrada: Paulo Mota Pinto anunciou que, perante o diferendo, vai falar com os dois candidatos (Luís Montenegro e Jorge Moreira da Silva) para saber se algum deles se opõe à discussão destas propostas. Se houver oposição, os projetos não avançam.

ZAP //

2 Comments

  1. Este Rio… será que ainda não percebeu que fez figura de tolo nos últimos anos enquanto líder do PSD?! Mas será o homem assim tão limitado que nem isso consiga perceber?!! É um zero à esquerda e no entanto tem mania. Vai-te embora, pá!

  2. Também acho. Provocou o descalabro do partido, dando a maioria absoluta ao PS, e ainda está a empatar e a chatear as decisões sobre o futuro do PSD. O artista deve pensar que é Deus. Vai-te embora, pá. Vai á tua vida…

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