Reformas não acompanham inflação: poder de compra baixou 11,2% nas pensões médias, ao longo dos últimos 15 anos.
O valor das facturas no supermercado aumenta, a pensão também – mas não o suficiente para acompanhar a inflação.
Ao longo dos últimos 15 anos, cerca de 500 mil reformados com pensões médias perderam 11,2% no poder de compra.
As contas estão Livro Verde da Segurança Social, elaborado pela Comissão para a Sustentabilidade da Segurança Social. Foi uma iniciativa ainda do último Governo de António Costa.
Os números destacados pelo Correio da Manhã dão um exemplo concreto: uma pensão de 1.000 euros em 2007 originou uma perda acumulada de 10.581 euros para o pensionista em causa, nos 15 anos seguintes.
E a perda de poder de compra também chegou aos 80 mil reformados com pensões mais altas: uma pensão de 3.000 euros há 16 anos teve uma perda de poder de compra de 15,2%; é uma perda acumulada de 45.138 euros.
O jornal lembra que a actualização das pensões não garante a manutenção do poder de compra dos pensionistas – a Comissão para a Sustentabilidade da Segurança Social quer alterações profundas nesse mecanismo.
O relatório preliminar do Livro Verde da Segurança Social foca-se nos funcionários públicos: na perda do poder de compra dos pensionistas da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações.