/

Reforma do IRS avança em 2017 e milhares podem sair penalizados

8

António Costa remete para a proposta de Orçamento do Estado para 2017 a revisão do IRS, nomeadamente quanto ao “quando e o como” se fará. Mas já é certo que as alterações em estudo poderão vir a prejudicar milhares de contribuintes.

As mudanças no IRS, previstas nos acordos entre PS, PCP e Bloco de Esquerda e no Programa de Estabilidade entregue à Comissão Europeia em Abril passado, têm em vista introduzir uma maior progressividade entre os diferentes escalões de rendimentos.

António Costa abordou o assunto no Consulado de Portugal em São Paulo, quando foi interrogado sobre se a revisão do IRS entrará já em vigor no próximo ano.

“Como se sabe há um grupo de trabalho a trabalhar sobre essa matéria. A proposta concreta de Orçamento explicitará o quando e o como dessas medidas”, limitou-se a responder o primeiro-ministro.

As alterações que estão a ser analisadas vão no sentido de penalizar “rendimentos anuais brutos acima de 40 mil euros”, avança o Correio da Manhã.

O diário nota que em estudo está “a descida do limite mínimo de tributação dos dois escalões de rendimentos mais elevados”, o que, a confirmar-se, atingirá “cerca de 370 mil contribuintes”.

Orçamento para 2017 de “continuação da viragem”

Sem revelar mais detalhes sobre a revisão do IRS, em São Paulo, Costa garantiu que o Orçamento para 2017 será “de continuação da viragem”, frisando contudo que a reposição de rendimentos tem de seguir na velocidade certa, à luz da realidade das finanças públicas.

A cerca de um mês da entrega da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2017 na Assembleia da República, Costa diz que o seu executivo já sabe quais as condições colocadas pelos parceiros do parlamento.

Não há linhas vermelhas, mas sim propostas que uns e outros apresentam – e esse trabalho conjunto está a ser feito com calma”, nota o primeiro-ministro.

“Temos de repor rendimentos das famílias, criar condições para o investimento, melhorar o Estado social – uma trajectória com o ritmo que devemos fazer, tendo em conta qual a realidade das nossas finanças públicas. Claro que gostaríamos de ir mais rápido, todos gostaríamos de ir mais rápido, mas temos de ir na velocidade certa para chegar ao ponto certo das melhores condições”, alertou ainda Costa.

Quanto às negociações com a União Europeia, Costa desdramatizou e defendeu que as diferenças neste momento resumem-se “a mais décima menos décima” em termos de resultados macroeconómicos.

ZAP / Lusa

8 Comments

  1. Não há nada pra comentar ainda, porque a notícia e as palavras de António Costa não são claras.
    Comentários correctos só “no fim do jogo”
    A única coisa que se deve dizer é que seja uma revisão justa.
    Aceito que se possa dar um pouco mais a quem menos tem.
    Mas a classe média já tem sido muito fustigada com impostos.
    Portanto é um assunto difícil é sempre sujeito a grandes discussões

  2. Se nos lembrarmos como foi feita a redução de escalões e suas consequências, pela coligação de interesses (exploradores/corruptos/parasitas), para milhões de portugueses, na última legislatura, não nos devemos preocupar com o que o atual governo irá fazer na futura revisão do IRS e que “pode” afetar “milhares de contribuintes” e acima de 40 mil euros brutos/ano, Que barbaridade!!!!!!! O redimento de 4 milhões de portugueses, situa-se abaixo de mil euros mês e isto é que devia preocupar, pelo menos, àqueles que especulam sistematicamente, contra a atual fórmula governativa que herdou o país, da anterior legislatura, com milhões de portugueses expoliados dos seus mais elementares direitos. A canalha mete-me nojo.

  3. O que quer dizer que todas as famílias que ganham com o seu trabalho mais de 20000 por ano, bem podem começar a poupar para pagar as folias ao Costa. Dizia ele que não haveria aumento de impostos. Dizia ser homem de palavra. Está-se a ver …
    20.000 = 14 X 1428,57€ ( somos milhões de milionários !!! )

    • aumentam as separações e divórcios , aliás um objectivo socialista comuna …. destruir Famílias ! o problema é que não há gente que preste , a maior parte é uma miséria .

  4. Até à data a minha memória não me traiu.
    Na verdade sempre que entra um governo em funções, se não é no imediato é logo que tenha um pretexto, e procede ao agravamento de impostos.
    Tudo que foi dito nas campanhas eleitorais vai para o lixo.
    Os políticos de Portugal, sempre tiveram por objectivo extinguir a dita classe média.
    O objectivo é apenas existir os muito ricos, os ricos (é nestes dois grupos que os políticos se situam) e os pobres.
    Eles sabem, que quanto mais pobres existirem mais fácil se torna “Reinar”.
    Os pobres têm de sustentar as mordomias dos políticos e as subvenções vitalícias.

  5. Mas alguém consciente neste país vai pensar que as coisas vão para melhor? Uma vez mais vão dar uns tostões para receber milhões para satisfazer ilusões.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.