Um estudo revela que reduzir o consumo calórico em 15% pode ser um dos segredos da longevidade, além de ajudar a proteger de doenças relacionadas com os elevados níveis de stress oxidativo.
Um novo estudo, publicado recentemente na Cell Metabolism, mostra que a redução de 15% das calorias consumidas ao longo de dois anos desacelera o processo metabólico que conduz ao envelhecimento e reduz a probabilidade de doenças relacionadas com elevados níveis de stress oxidativo, como diabetes, Alzheimer ou cancro.
“Reduzir as calorias pode retardar o metabolismo basal – a quantidade mínima de calorias necessária para manter as funções vitais – e, se os derivados do metabolismo aceleram o processo de envelhecimento, então a redução de calorias ao longo de vários anos pode ajudar a diminuir o risco de doenças crónicas e prolongar a vida”, disse a investigadora Leanne M. Redman, citada pelo Público.
A investigadora que coordenou o estudo, que é também professora no Pennington Biomedical Research, no estado norte-americano do Luisiana, garante que reduzir o consumo calórico “tem benefícios para toda a gente, independentemente do estado de saúde”.
Desta forma, o estudo foi realizado num grupo que reduziu o seu consumo calórico em 15% e num grupo de controlo que comia sem restrições. O estudo nota que houve uma melhoria da disposição dos participantes, além de que os indivíduos perderam, em média, nove quilos.
O estudo frisa que uma maior longevidade está associada “àqueles que utilizam a sua energia de forma mais eficiente”. Assim, esta investigação combina duas teorias associadas à longevidade: uma taxa de metabolismo mais baixa e a redução dos níveis de stress oxidativo (que promove o envelhecimento celular).
Este estudo, refere o jornal, torna-se significativo pelo facto de ter sido o primeiro a ser realizado em humanos, com base em ensaios clínicos em indivíduos aleatórios.