Reclusos montaram um resort na cadeia: havia discoteca, piscina e até um jardim zoológico

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Um grupo de reclusos, na Venezuela, tomou o controlo de uma prisão e aproveitou para montar um resort. A ordem foi, entretanto, restabelecida, numa megaoperação que envolveu mais de 11.000 membros das forças de segurança.

Ao estilo de Pablo Escobar, o gangue criminoso “El Tren de Arágua” conseguiu montar uma piscina, uma discoteca e até um jardim zoológico, numa cadeia, na Venezuela.

Além disso, há relatos de presos que entravam e saíam livremente e de algumas famílias a viver com eles.

Segundo a imprensa venezuelana, desde há vários anos, que várias organizações locais têm denunciado que “El Tren de Arágua” operava desde a prisão de Tocorón, mantendo-se ativo em 13 estados da Venezuela e em sete outros países.

Segundo a imprensa local, o líder do grupo, Niño Guerrero, também estava naquela prisão.

Controlo da cadeia retomada

As autoridades venezuelanas confirmaram, esta quinta-feira, que mobilizou mais de 11.000 forças de segurança para uma operação de combate a grupos criminosos que atuavam na Penitenciaria de Tocorón, no Estado de Arágua.

“O Governo Bolivariano informa a população que a Operação Libertação Cacique Guaicaipuro, na sua 1ª fase, cumpriu com sucesso o desmantelamento de um centro de conspiração e crime contra a população venezuelana, graças ao trabalho articulado entre os órgãos de segurança cidadã e a Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela (FANB)”, explica-se num comunicado.

No documento, divulgado pelo Ministério de Relações Exteriores e Justiça, explica-se que a operação teve como propósito “a imediata restituição da ordem e o absoluto controlo” de Tocorón, cárcere “que passará a um processo de reestruturação e será desalojado por completo”.

Através de uma publicação na sua página oficial da rede social X (antigo Twitter), o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, felicitou as forças de segurança pelo sucesso da operação e anunciou que a mesma passará a uma segunda fase, que tem como propósito libertar o país de grupos criminosos.

“Caminhamos para uma Venezuela livre de gangues criminosos!”, escreveu

O grupo “El Tren de Arágua” tem sido relacionado com crimes de sequestro, homicídio por encomenda, venda de drogas e tráfico de armas em pessoas em vários países da América Latina, entre eles o Peru, Chile, a Colômbia e o Brasil.

Em várias oportunidades, o Observatório Venezuelano de Prisões alertou as autoridades de que grupos de presos políticos que se fazem chamar de “pranes” (presos assassinos natos) tentavam controlar várias prisões do país.

ZAP // Lusa

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