Linha que liga Matosinhos, Maia, Porto e até o distrito de Aveiro abriu este domingo, faz São João-Campanhã em 11 minutos e vai “desentupir” a linha amarela.
São 60 comboios, 30 por sentido, 2 a cada hora nas horas de ponta. As estações não são muitas, mas permitem ir de Ovar ao Hospital de São João em 1h05, diretamente (percurso que pode ser útil nomeadamente ao estudantes do Polo Universitário).
A reabertura, este domingo, da linha de comboios de Leixões permite não apenas ir no mesmo veículo desde Leça do Balio, em Matosinhos, até Espinho ou Ovar, mas também ir de comboio de Campanhã até ao São João, sem necessidade de metro (onde tem de existir também mudança de linha) demorando entre 11 e 18 minutos, dependendo do horário.
A linha faz não apenas o percurso Leça do Balio – Ovar, sem necessidade de transbordo, mas também liga diretamente Leça do Balio a Campanhã. Funciona das 5h40 às 22h41.
Há ainda apeadeiros na Arroteia, em São Gemil e em São Mamede Infesta, permitindo seguir diretamente de Matosinhos à Maia. O serviço, operado pela CP, funciona com bilhética Andante.
À Renascença, Sérgio Meireles, um dos passageiros, louva o projeto, que recupera a linha que existia há 11 anos e entretanto fechou.”Se é para as pessoas deixarem o carro em casa, tem de se criar um incentivo. E o incentivo não é fechar linhas, é reabrir linhas“, comenta.
E mesmo quem está contente com a reabertura, como o passageiro João Pereira, deixa sugestões. “Este comboio poderia seguir até Ermesinde e lá ter a grande intermodalidade visto que param lá comboios da linha do Minho, param lá comboios da linha do Douro, tendo uma maior oferta tanto para ele como de quem vem de Ovar”, diz.
De acordo com o Público, o vice-presidente da Câmara da Matosinhos, Carlos Mouta, quer estende ainda mais esta linha, levando-a até ao porto de Leixões, onde passa a linha azul do metro, “os autocarros dos STCP e da UNIR. E até as próprias linhas dos Expressos e da Flixbus que vêm do Norte podem ter ali uma paragem antes do terminal de Campanhã”, sugere o autarca.
O presidente da Transportes Metropolitanos do Porto e ex-presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, garante que “isto vai resolver o entupimento da linha amarela do metro porque toca em dois pontos: em General Torres e no Hospital de S. João. E agora, entre estes dois pontos, o comboio é mais rápido do que o metro, ajudando a descongestionar a linha”.
O ex-autarca quer também estender esta linha a Rio Tinto, à zona de Carreira, na qual “vivem 20 mil pessoas num raio de um quilómetro”, e que também beneficiaria em ficar ligada diretamente a Matosinhos.