A nossa incessante busca pelo significado da vida ajuda a explicar a nossa obsessão com extraterrestres, assim como a nossa memória traiçoeira.
Já inspiraram milhares de teorias da conspiração, ilustrações, filmes, livros e parecem ter sempre um lugar especial no nosso imaginário colectivo — tudo isto sem sequer sabermos se realmente existem. Afinal, por que é que queremos tanto acreditar que os extraterrestres existem?
Há mais de 2000 anos, a história de Jesus Cristo, que terá nascido de uma mãe virgem, inspirou uma religião que ainda hoje é das mais importantes no mundo e tem uma enorme influência nas nossas sociedades e nas decisões políticas.
Nos dias de hoje, há muitas pessoas que comparam a crença nos extraterrestres da com as crenças religiosas, já que não há provas concretas da existência nem de Deus nem de aliens.
No entanto, a correlação científica entre os dois conceitos é oposta. De acordo o estudo do psicólogo Andrew Abeyta, publicado na Springer Link, as pessoas que acreditam em extraterrestres têm uma menor probabilidade de serem religiosas.
“A religião é uma fonte muito robusta do significado da vida. Dá-nos um sentido de propósito. Senti-mo-nos importantes. Sentimos que as nossas vidas têm um plano. E quando rejeitamos a religião, o que argumentamos é que essa necessidade de uma explicação, de encontrar um propósito e significado não desaparece”, explica o autor.
O psicólogo refere ainda que quem acredita mais nas conspirações sobre ETs também costuma ter uma maior sede por uma resposta à busca pelo significado da vida, sendo este um “processo de compensação“.
Este desejo de escapar à realidade através das teorias da conspiração é normal e costuma ser exacerbado em tempos de crise, como durante a pandemia, em que o isolamento alimenta a tendência.
Memória traiçoeira
A conspiração mais famosa relativa a OVNIs (Objectos Voadores Não-Identificados) data de Julho de 1947. Na altura, foram encontrados destroços de um balão meteorológico que caiu em Roswell, no México.
Desde então que já imensos livros, documentários e filmes foram feitos onde se especula que o balão seja, na verdade, um OVNI, e que os destroços e o corpo de um extraterrestre estão escondidos na base militar norte-americana Área 51, no Nevada.
O psicólogo Chris French não ficou surpreendido com a popularidade da teoria. “A coisa importante é a crença prévia e depois do que nós chamamos processamento do topo para baixo. Esta é a forma como as nossas crenças e expectativas podem alterar aquilo que realmente percebemos”, explica ao Science Focus.
Um destes exemplos é a descrição dos OVNIs como “pires voadores“. A frase nasceu apenas algumas semanas antes do incidente em Roswell, quando o piloto amador Kenneth Arnold disse ter visto nove aeronaves a moverem-se a uma velocidade muito mais rápida do que a tecnologia da altura permitia.
“Uma das coisas mais interessantes sobre quando ele falou num pires, ele não se estava a referir à forma da aeronave. Ele descreveu o movimento como sendo um pires a deslizar na água. Mas os media adoraram a frase ‘pires voador'”, explica.
French acrescenta que Arnold desenhou as formas que viu e que estas se assemelhavam mais a um boomerang, mas que isso não impediu que se espalhasse o rumor de que as aeronaves tinham a forma de um prato, uma crença que ainda hoje persiste. “É um exemplo incrível do processamento do topo para baixo”, reforça.
Se alguém acredita em OVNIs, é mais provável que ache que uma luz estranha no céu seja um “pires voador”, e a confiança (ou falta dela) na nossa memória também influencia o que cada um de nós vê ou acredita ter visto.
“Alguém pode estar a ser completamente honesto, mas pode acabar por acrescentar detalhes de coisas que, na verdade, não estavam lá. Estes preconceitos psicológicos frequentemente influenciam estas coisas”, realça French.
Raptados por ETs
A confiança que temos na nossa memória também já foi alvo de estudo. Uma pesquisa de 2002 comparou três grupos: pessoas que se dizem lembrar de ter sido raptadas por aliens, pessoas que acham que foram raptadas mas não se lembram, e um terceiro grupo de controlo de pessoas que dizem nunca ter sido raptadas. A experiência concluiu que o primeiro grupo era mais susceptível à criação de falsas memórias, enquanto que o terceiro era o menos susceptível.
Outros estudos que querem decifrar a nossa obsessão com extraterrestres apontam mais teorias. Há pesquisas que associam os relatos de rapto com os abusos na infância, outras falam na paralisia do sono — um transtorno que faz com que as pessoas momentaneamente não se consigam mexer ou falar quando estão a adormecer ou quando acordam.
Estas experiências podem ser muito assustadoras e causar alucinações e podem ajudar a tendência de se associar as memórias dos raptos por extraterrestres à toques invasivos no corpo.
Seja qual for a resposta, uma coisa é certa — não parecer haver nada que vá acalmar a nossa obsessão colectiva com extraterrestres no futuro próximo.
Pese embora o artigo ligue a a possibilidade de existir vida noutros planetas a gente doida e teorias da conspiração, a realidade é que pessoas minimamente informadas, não ‘acreditam’ na existência de extraterrestres.
Pessoas minimamente informadas colocam essa possibilidade (POSSIBILIDADE!) em cima da mesa porque sabem que a nossa galáxia mede cerca de 100.000 anos luz e tem uma espessura que pode ir até os 3.000 anos luz e que a estimativa mais conservadora, no que toca ao número de estrelas que contém, é 100.000.000.000 (cem mil milhões para quem tiver dificuldade com muitos zeros).
Pessoas minimamente informadas percebem que esta é apenas uma questão de números: Tendo em conta a dimensão desconcertante da Via Láctea e a imensidão do Universo, a probabilidade de existir vida noutros planetas, é muito elevada.
Posto isto, pessoas minimamente informadas, esperam a produção de prova. Até lá, essas pessoas (as minimamente informadas) ficam-se pelos números e as possibilidades que encerram.
e por que altissima razao não pode exister um Deus, o Criador?
Porque razao? Uma Negação ´so porque sim?
Alias, cada dia que passa a Cienciencia descobre que afinal a Vida teve origem no Espaço!
Simm, gente mesmo doida de todo.
Tenho em meu poder um livro que foi usado anos e anos pelos espiões russos.Descreve como estes
Se devem comportar e os cuidados a ter com as diferentes espécies.Tem imagens, modos de ‘agir,,objectivos, interação no planeta terra, galáxias de onde são provenientes as mais de 1000 raças conhecidas.
Ainda fiquei mais doido…
Adriana, com que então caíu um balão meteorológico em Roswell… Pois. Quanto à questão teológica, aconselho vivamente a ler Yuval Noah Harari, professor de
História na Universidade Hebraica de Jerusalém. Escreveu 2 obras, Homo Sapiens, Breve História da Humanidade e Homo
Deus, de Macacos a Deuses, em ambos uma escrita enxuta, desmistificadora e uma clara denúncia dos vários mitos importantes na evolução humana. Do passado ao presente e ao devir. Comparo estas obras ao Dragões do Éden de Carl Sagan.
Se não houvessem extraterrestres porque carga de água é que (Baldochi) secretario do Papa da altura contou o que lhe aconteceu a ele e ao Papa nos jardins do Vaticano com um disco voador e seres idênticos a normais humanos…qual a razão de ele descrever tudo aquilo ao pormenor e o resto do que ele fala sobre esse tema?
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Então aquilo que se passou naquela base norte americana na Inglaterra com o comandante do Plutão e seus homens que interagiram com um OVNI na floresta ao lado da base militar… então essa gente está toda louca, devido ao que relatam…e a gravação que o comandante gravou….o que dizer sobre isso. Isto para não ficar aqui a falar de dezenas de casos. Os donos do mundo provavelmente não conseguem controlar essas coisas (muitos anos mais avançados que nós e como não querem admitir que nada podem fazer para controlar essas coisas que eles próprios nada podem fazer. Seria uma declaração á humanidade….que eles jamais iriam admitir (confessar). Poderia mencionar casos irrefutáveis….cada um que investigue por si e faça sua própria análise.
Ó Miguel, que se saiba, Plutão não tem comandante…
lol!