Queria disparar contra o estômago de Lula da Silva, mas acabou detido

Fabio Rodrigues Pozzebom / ABr

O Presidente do Brasil, Lula da Silva

Um homem que fez parte do grupo que, em janeiro, invadiu o Congresso brasileiro foi detido por ameaçar disparar contra o estômago de Lula da Silva.

A Polícia Federal do Brasil deteve um homem que terá ameaçado disparar contra o Presidente, em Pará – estado do norte que Luiz Inácio Lula da Silva irá visitar a partir desta sexta-feira.

O fazendeiro foi detido em Santarém, município no qual o Presidente irá iniciar a visita ao Pará, que só termina na quarta-feira.

Num comunicado, a Polícia Federal disse que o homem, identificado como André Luiz Teixeira da Silva, foi detido na tarde de quinta-feira, após fazer ameaças na quarta-feira, que levaram duas testemunhas a apresentar uma queixa.

A polícia disse que, enquanto estava num bar em Santarém, “o homem teria dito que iria disparar contra o estômago do Presidente e perguntado aos presentes se sabiam onde [Lula da Silva] iria ficar durante a sua visita ao município”.

O comunicado referiu que, após ser detido, o suspeito confessou ter participado no ataque às sedes dos três poderes, em Brasília, a 8 de janeiro, em que milhares de apoiantes do antigo Presidente Jair Bolsonaro tentaram um golpe de Estado.

Na ocasião, os protestantes ultrapassaram a barreira policial e invadiram os edifícios dos poderes legislativo, executivo e judicial.

André Luiz Teixeira da Silva terá também dado uma contribuição diária de mil reais (185 euros) e participado, durante 60 dias, num acampamento em frente a um quartel militar em Santarém, que exigia a intervenção do exército para impedir que Lula da Silva assumisse a presidência.

“O suspeito pode responder pelos crimes de ameaça e incitação e preparação de ataque contra autoridade por motivos políticos”, disse a Polícia Federal.

De acordo com a imprensa brasileira, o fazendeiro também está a ser investigado pela alegada invasão de terras públicas e desflorestação na Amazónia.

Após a detenção, o ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil lamentou haver “pessoas que ameaçam matar ou agredir fisicamente as autoridades dos poderes da República”.

“Isso não é ‘liberdade de expressão’ e a Polícia Federal seguirá aplicando a lei contra criminosos”, afirmou Flávio Dino na rede social X (antigo Twitter).

“Renovo os apelos para que as pessoas protestem pacificamente e esperem a eleição de 2026”, acrescentou o governante.

ZAP // Lusa

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