Só quem não for aumentado é que vai sentir um alívio no IRS

De acordo com a proposta do Orçamento do Estado para 2023, só quem não for aumentado no salário é que vai sentir um alívio no IRS.

A proposta do Orçamento do Estado para 2023, apresentada pelo Governo, prevê que os escalões do IRS sejam atualizados em 5,1% em 2023. Na apresentação da proposta, o ministro das Finanças, Fernando Medina, garantiu que todos os contribuintes vão ter um aumento do rendimento líquido no próximo ano.

O Governo estima que, com esta atualização, vai-se verificar “uma redução de 2 pontos percentuais na taxa marginal do imposto aplicável ao segundo escalão do IRS (de 23% para 21%), o que terá um efeito favorável junto dos contribuintes de todos os escalões superiores”.

No entanto, “estas alterações resultam que quem não tiver alterações de rendimento em 2023 vai pagar menos imposto, mas quem tiver um aumento de 5,1% (valor que ditou a atualização dos escalões) ou 7,8% (a previsão de inflação do Banco de Portugal em 2022) vai ver o seu rendimento líquido aumentar quase na mesma proporção dos respetivos aumentos”.

Isto significa que só quem não for aumentado no próximo ano é que irá sentir um alívio no IRS, conclui o jornal i. A esta lista incluem-se os mais desfavorecidos e aqueles que tiverem filhos mais pequenos.

De acordo com simulações feitas pela Deloitte, os rendimentos até aos 10 mil euros terão um ganho médio de 18 euros. Por sua vez, a partir dos 15 mil euros e nos escalões mais altos, esse ganho no imposto varia entre 8% e 1%

A mudança do mecanismo do mínimo de existência do IRS pode dar um ganho anual de 425 euros, em 2023, e até 500 euros, no ano seguinte, segundo a proposta do OE2023.

Além disso, haverá novas contas a fazer para quem receber o salário mínimo ao longo de 2023: vai passar a pagar IRS no ano seguinte.

ZAP //

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