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Cancelamento de consultas leva a quebra de vacinação contra a pneumonia

O cancelamento ou adiamento de milhares de consultas levou a uma quebra na vacinação contra a pneumonia. É preciso “voltar a dar confiança às pessoas para que regressem aos estabelecimentos de saúde”, apela o Mova.

De acordo com a rádio TSF, que cita o Movimento Doentes pela Vacinação (Mova), nos últimos dois meses, a pandemia de covid-19 levou ao cancelamento ou adiamento de 800 mil consultas, o que originou uma quebra da vacinação contra a pneumonia.

“Até finais de março, foram adiadas mais de 800 mil consultas, sendo que ainda não sabemos de que tipo de consultas estamos a falar, mas esse número por si só é um indicador muito preocupante, e sendo a vacinação feita no âmbito de uma consulta, é compreensível que até toda a área de prevenção tenha ficado suspensa”, diz à rádio Isabel Saraiva, do movimento que agrupa 13 instituições de saúde.

Em abril, Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, apelou diretamente aos portugueses para que não adiassem a vacinação, relembrando que esta é a melhor forma de evitar outro surto de doenças infeciosas.

Mas, segundo o Mova, estas recomendações da DGS não têm sido cumpridas. “Temos evidências de que a vacinação, como outras áreas da prevenção, praticamente parou“, acrescenta a responsável.

“As consultas foram adiadas, canceladas; as pessoas deixaram de ir às consultas, e os próprios serviços ficaram praticamente todos vocacionados e concentrados no tratamento da covid-19”, justifica.

Isabel Saraiva considera que o primeiro passo a dar é “voltar a dar confiança às pessoas para que regressem aos estabelecimentos de saúde” e explicar-lhes que, “se a sua consulta for marcada, não vai ser desmarcada, que é marcada a horas convenientes, de acordo com as patologias que as pessoas têm, e até reservar horas e dias específicos para determinados atos.”

De acordo com a TSF, em Portugal morrem 16 pessoas por dia devido à pneumonia.

ZAP //

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