Quase 90% dos empregos destruídos em março e abril eram ocupados por mulheres

Neil Hall / EPA

A pandemia de covid-19 veio causar um alvoroço no emprego em Portugal. No final de abril, a economia tinha menos 50 mil empregos do que em fevereiro.

De acordo com a edição desta segunda-feira do Jornal de Negócios, cerca de 90% dos empregos destruídos em março e abril eram de mulheres. A análise tem por base os dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

No final do mês de abril, a economia portuguesa tinha menos 50 mil empregos do que em fevereiro, dos quais 44,6 mil tinham pertencido a mulheres. O emprego feminino teve uma queda de 1,9%, enquanto que o masculino recuou apenas 0,2%.

As mulheres pagam uma fatura mais cara com a pandemia, mesmo se o período temporal for alargado: entre abril de 2020 e abril de 2019, desapareceram 85 mil empregos, sendo que 66% eram de mulheres.

Segundo a análise do Negócios, os jovens foram também afetados pela crise: em março e abril, 19 mil empregos que antes eram ocupados por jovens foram destruídos. Aliás, 38% do total de empregos destruídos nestes meses eram de jovens.

Os especialistas apontam como principal causa para estes cortes o facto de tanto as mulheres como os jovens terem vínculos laborais mais frágeis. Além disso, uma das consequências da pandemia foi o encerramento das escolas e creches, o que também pode ter levado algumas mulheres a abandonar os empregos para poderem cuidar dos filhos.

ZAP //

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