Esta não é a primeira vez que o governo ucraniano pede ajuda militar, mas agora Zelensky anunciou a criação de um Corpo Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia.
O grupo que será composto por cidadãos de outros países que querem ajudar a defender a Ucrânia da invasão russa.
Este domingo, Zelensky explicou que “qualquer um que se queira juntar à defesa da Ucrânia, da Europa e do mundo,” pode lutar ao lado dos ucranianos “contra os criminosos de guerra russos“.
Aqueles que pretenderem deslocar-se até à Ucrânia devem, alerta o governo ucraniano, dirigir-se à embaixada da Ucrânia nos seus países.
De acordo com o Observador, neste caso, é aconselhável que a entrada na Ucrânia seja feita por Lviv, através da Polónia.
Varsóvia, Bratislava, Istambul, Baku ou Budapeste
O presidente ucraniano disse este domingo que os ataques da última noite e da última madrugada destruíram hospitais e infraestruturas de civis. “Isto é terror“, começou por dizer no vídeo.
Zelensky falou ainda sobre a notícia divulgada pelas agências estatais russas, de que uma delegação russa estaria a caminho da Bielorrússia para negociar com a Ucrânia.
No entanto, o presidente ucraniano rejeitou que o local para uma possível conversa fosse em território favorável ao Kremlin.
E deu várias opções para negociações: Varsóvia, Bratislava, Istambul, Baku ou Budapeste. “Qualquer outra cidade está bem para nós, desde que não existam mísseis a voar para este país”, disse Zelensky.
Liz Truss, ministra dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, disse este domingo que não confia na veracidade da negociação que a Rússia quer fazer com a Ucrânia.
“Agora, se a Rússia quer ser séria com as negociações, terá de retirar as tropas da Ucrânia”, disse à Sky News.
“Eles não podem negociar com uma arma apontada à cabeça dos ucranianos. Honestamente, eu não confia neste chamado esforço de negociação”, acrescentou.
Lembrou ainda que serão impostas mais sanções à Rússia nos próximos dias e admitiu que este conflito pode durar anos.
A União Europeia está a avaliar a possibilidade de proibir voos russos no respetivo espaço aéreo. A informação foi avançada por fonte oficial da União Europeia à Reuters.
Esta opção será discutida ainda este domingo, pelos ministros dos negócios estrangeiros. Alguns países, como a Alemanha, já anunciaram que pretendem aplicar esta medida, mas uma proibição da nível Europeu poderá fazer parte de um novo pacote de sanções à Rússia.
Hanna Malyar, vice-ministra da Defesa da Ucrânia, avançou este domingo que o Kremlin perdeu cerca de 4.300 militares desde o início da invasão à Ucrânia.
Além do número de mortos, Hanna Malyar disse ainda que as tropas russas terão perdido cerca de 146 tanques, 27 aviões e 26 helicópteros, escreve a Reuters.
Ucrânia submete ação judicial contra a Rússia
O presidente ucraniano anunciou esta manhã que avançou com uma ação judicial contra a Rússia no Tribunal Internacional de Justiça, que faz parte da ONU. Em causa estão os acontecimentos do último dias, a propósito da invasão da Rússia à Ucrânia.
“Devem ser responsabilizados por manipular a noção de genocídio para justificar a agressão”, escrever Zelensky no Twitter.
A Ucrânia pediu uma decisão urgente para que a Rússia seja obrigada a parar a atividade militar. Zelensky espera que “os julgamentos comecem na próxima semana”.
Ukraine has submitted its application against Russia to the ICJ. Russia must be held accountable for manipulating the notion of genocide to justify aggression. We request an urgent decision ordering Russia to cease military activity now and expect trials to start next week.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) February 27, 2022