Pelo menos diretamente. Mas disse que a “correção moral e histórica” está do lado da Rússia – país que será “mais forte” em 2024.
O Presidente da Rússia garantiu, numa declaração de Ano Novo, que o país nunca recuará e que “não há força capaz de dividir” os russos, sem nunca se referir ao conflito com a Ucrânia, noticia a Efe.
Segundo aquela agência de notícias, Vladimir Putin, que este ano apareceu sozinho para desejar felicitações aos russos, aproveitou o momento para salientar os feitos da Rússia ao longo de 2023 e agradeceu aos militares, a quem apelidou de heróis.
“Mais de uma vez provámos que somos capazes de resolver as tarefas mais complexas e que nunca recuaremos, porque não há força capaz de nos dividir, de esquecer a memória e a fé dos nossos pais, de parar o nosso desenvolvimento”, disse o chefe do Kremlin.
A mensagem do chefe de Estado da Rússia é tradicionalmente transmitida alguns minutos antes de os sinos do Kremlin anunciarem o início do novo ano.
“No ano que passou, trabalhámos arduamente e conseguimos muito, orgulhámo-nos das nossas conquistas comuns, regozijámo-nos com os nossos sucessos e mantivemo-nos firmes na defesa dos interesses nacionais, da nossa liberdade e segurança, dos nossos valores, que foram e continuam a ser um apoio inabalável para nós”, sublinhou Putin.
Vladimir Putin garantiu ainda que o país está a atravessar “uma fase histórica” e que será “ainda mais forte” no próximo ano, porque a “correção moral e histórica” está “do lado da Rússia”.
Dirigindo-se aos militares, sem nunca se referir à guerra na Ucrânia, Putin salientou o orgulho nacional pelo exército russo: “[Por] todos vós que estais no vosso posto, na linha da frente da luta pela verdade e pela justiça”, disse.
“Vocês são os nossos heróis. Os nossos corações estão convosco. Estamos orgulhosos de vós e admiramos a vossa coragem”, salientou.
A casa de Zelensky
O presidente da Ucrânia destacou a resistência ucraniana na sua mensagem de ano novo: “O ano 2023 vai acabar em breve. Mais um ano de independência, mais um ano da nossa luta pela independência. Mais um ano de guerra, guerra pela nossa terra, guerra pela nossa liberdade”.
“Os ucranianos estão mais fortes. Desejo a todos os que se encontraram na nossa causa comum que estejam todos ao nosso lado, ombro a ombro”.
Porque, afirmou Volodymyr Zelensky, a Ucrânia é o único lugar na Terra “onde estamos em casa”.
“Vamos continuar a lutar pela influência e pela justiça para a Ucrânia. Estou muito grato a todos os líderes que nos estão a ajudar e que têm estado connosco desde 24 de fevereiro [de 2022] e que estarão connosco em 2024″, afirmou o presidente ucraniano.
Zelensky, que referiu que 2024 vai ser um ano de “decisões globais”, defendeu ainda que “aconteça o que acontecer nos outros países, sejam quais forem as mudanças ou os humores políticos”, a Ucrânia tem que ter “potencial suficiente” para fazer o que lhe compete e atingir os seus objetivos.
“Estamos a trabalhar com os nossos parceiros nas soluções que todos os soldados ucranianos precisam, toda a nossa nação, o nosso Estado”, afirmou.
“Não somos apenas nós a trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana, e isso é importante. É fundamental que a resistência contra o terrorismo não cesse nem por um dia, para que a Rússia não possa ganhar esta guerra”, sublinhou.
ZAP // Lusa
Qual Guerra ? …………………É simplesmente uma “Operação especial de longa duração” sem mortos nem feridos ……..