Putin veio a público “clarificar” a doutrina sobre armas nucleares

1

// Yuri Kochetkov / EPA

Qualquer potência nuclear que apoie um ataque de um país terceiro também passa a ser considerada agressor da Rússia.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quarta-feira que as propostas para “clarificar” a doutrina sobre uso de armas nucleares incluem considerar como agressor do país qualquer potência nuclear que apoie um ataque de um país terceiro.

“Foi proposto considerar a agressão contra a Rússia por um país não nuclear, mas com a participação ou apoio de um país nuclear, como um ataque conjunto contra a Federação Russa”, afirmou Putin, numa clara referência à Ucrânia, que tem pedido autorização aos Estados Unidos e outros países ocidentais para usar mísseis fornecidos por estes em ataques contra território russo.

A ofensiva russa em larga escala contra a Ucrânia iniciou-se em fevereiro de 2022 e os países ocidentais têm apoiado militarmente Kiev na sua defesa.

Durante a reunião desta quarta-feira do Conselho de Segurança da Rússia, Putin não especificou se a Rússia poderia responder a um ataque nos termos descritos.

A doutrina atual prevê que Moscovo use o seu arsenal nuclear “em resposta ao uso de armas nucleares e outros tipos de armas de destruição em massa contra si e/ou seus aliados, bem como em caso de agressão contra a Federação Russa com o uso de armas convencionais quando a própria existência do Estado está em perigo”.

Citada pela agência noticiosa AP, a versão revista do documento prevê mais pormenorizadamente as condições de uso de armas nucleares, como em caso de um forte ataque aéreo envolvendo aviões, mísseis de cruzeiro ou ‘drones’.

A 12 de setembro, Putin tinha advertido que uma autorização dos países ocidentais à Ucrânia para ataques com mísseis de longo alcance contra território russo significaria que “os países da NATO estão em guerra com a Rússia“.

“Se esta decisão [de uso de mísseis de longo alcance ocidentais] for tomada, significará nada menos do que o envolvimento direto dos países da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] na guerra na Ucrânia”, advertiu Putin.

“Isso mudaria a própria natureza do conflito. Significaria que os países da NATO estão em guerra com a Rússia”, acrescentou Putin num vídeo publicado na rede social Telegram.

A Ucrânia tem vindo a pedir autorização para atacar alvos no interior do território russo com mísseis fornecidos por países como os Estados Unidos e Reino Unido.

ZAP // Lusa

Siga o ZAP no Whatsapp

1 Comment

  1. Este lunatico assassino, faz as guerras, utiliza as armas fornecidas pela china, correia do norte e irão, e os outros é que são os maus da fita.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.